Secretários de Educação pedem à União olhar diferenciado para a Amazônia

Secretários de Educação pedem à União olhar diferenciado para a Amazônia

O vice-governador do Estado, Lúcio Vale, encerrou na tarde desta sexta-feira (12), em Belém, o Encontro de Secretários de Educação da Região Norte, realizado durante todo o dia em um hotel, no bairro do Marco. Durante o debate, os secretários elaboraram uma carta, direcionada ao Ministério da Educação (MEC), expondo as dificuldades da região e solicitando à União um olhar diferenciado para a Amazônia, no que se refere aos repasses para a educação. “Tenho acompanhado de perto a realidade da nossa educação, e sabemos que da forma como está não dá para continuar. Nosso governo tem nessa uma das suas prioridades. Mas, sem dúvida, precisa contar com o apoio da União para fazer frente aos seus desafios”, ressaltou o vice-governador.

A opinião é compartilhada pela secretária de Estado de Educação, Leila Freire, anfitriã do evento. Para ela, é fundamental que o MEC possa levar em consideração nas suas políticas o “custo Amazônia” - os fatores logísticos da região, bem distintos em relação ao restante do País. “O nosso custo por aluno para transporte e a alimentação escolar, por exemplo, é bastante diferenciado e precisa ser considerado. Como consequência desta reunião, definimos a criação de um grupo de trabalho dentro do Fórum de Governadores da Amazônia Legal, organismo que já existe, para que possamos seguir com uma agenda de encontros e discussões sobre este e outros temas”, ressaltou a secretária, acrescentando que a próxima reunião dos secretários está marcada para os dias 15 e 16 de agosto, em Manaus (AM).

Luiz Castro, vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e secretário de Educação do Amazonas, destacou a importância da troca de experiências proporcionada pelo encontro e de outra pauta comum à região, que também ainda não teve a solução adequada por parte da Federação: a questão da educação indígena. “Precisamos trabalhar a educação indígena em parceria com as próprias comunidades indígenas, assim como a questão da educação quilombola e ribeirinha, um desafio que é bastante comum na nossa região amazônica”, disse Luiz Castro.

Agenda de Aprendizagem

Já o secretário de Educação do Tocantins, Robson Vila Nova, destacou a relevância das discussões em torno do regime colaborativo, sobretudo no que se refere à colaboração da União e dos Estados com os municípios, para o aperfeiçoamento dos processos educacionais.

“Para isso, nós também elaboramos a Agenda de Aprendizagem, um documento que será submetido aos mais de 400 municípios que compõem a Região Norte, e que debate sete eixos fundamentais para a melhoria da qualidade da educação básica, entre os quais a questão do financiamento da educação, as inovações tecnológicas e a formação dos professores”, informou.

FONTE: Agência Pará

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