APENAS CINZAS, poesia de Izarina Israel

APENAS CINZAS, poesia de Izarina Israel

A natureza sempre toma seu domínio

Sem a presença humana

Ela é dona de tudo.

Sigo em silêncio e reservada, às vezes,

Outras, vulcão escarlate

E me vejo como se vivesse outra vida.

Memórias engarrafadas

Esquecidas num canto

Que não foram jogadas ao mar.

Povoam meus sonhos

Desconhecidos, estranhos

Que não sei seus nomes.

Como sonâmbulos

Percorrem meu sono

 guardiões que, deveriam guardar-me,

Não perseguir-me.

Aferram-se a ideia

de que sou outra

sem reconhecer-me.

O passado não deve ser revolvido

Menos ainda desejado.

São apenas clarões   que se apagam

Como velhas lareiras que foram acesas

Onde restam apenas cinzas.

Por Izarina Israel

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