ÓBIDOS - Edificação construída no século XIX, sendo elemento de relevância configurativa da cidade, por possuir estrutura sólida e ser composta por dois pavimentos, quando até então, predominavam na paisagem da cidade, apenas casas térreas.
No solar morou Manoel Francisco Machado, nascido em Óbidos, a 30 de novembro 1841, filho de pais ricos, fez seus estudos em Portugal, formando-se em direito na Universidade de Coimbra. Em 1869, voltando ao Pará, foi nomeado Promotor Público de Óbidos, até 1872, quando passou a dedicar-se a Política na Província do Amazonas, onde por bons serviços prestados à Monarquia, foi agraciado pelo Imperador D. Pedro II, com o titulo de Barão do Solimões. A 21 de novembro de 1889, estava Manoel Francisco Machado em pleno exercício da presidência da Província do Amazonas, quando foi proclamada a República, sendo, por isso, derrubado do poder.
A “Revolução Republicana”, não alterou em nada as estruturas do poder, onde seus detentores continuaram sendo a classe dominante, com duas divisões Progressistas: Republicanos e Conservadores (antigos monarquistas). Assim sendo, o Barão de Solimões, não saiu da cena política do Amazonas, sendo eleito para elaborar a Primeira Constituição Republicana do Brasil, a de 1891.
Em 1889, quando senador, tentou o Barão de Solimões, pelo Partido Democrata, voltar a governa o Estado do Amazonas, sendo derrotado. Esteve afastado da política até 1913, quando fez dura oposição a Jonas Freitas Pedroso, que fora eleito governador do Amazonas, para o quadriênio de 1913 a 1916, tendo o Partido e o Jornal “O Liberal”, que funcionava na sua residência, como instrumento de oposição ao governo.
Em 1917, o prédio onde morava o Barão de Solimões, em Manaus, foi bombardeado por Pedro Alcântara Bacelar, eleito governador daquele Estado, para o quadriênio de 1917 a 1921 após este episodio, o Barão recolheu-se ao “Solar”, em Óbidos, onde morreu a 18 de agosto de 1928, em estado de penúria.
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Fotos_da_antiga residência do Barão de Solimões
No período de 1930 a 1960, foi instalada nesse “Solar”, a Companhia de Navegação Loyd Brasileiro, tendo como agente o Sr. Custódio Prado, que também, residia no mesmo.
Os herdeiros do Barão venderam esse prédio a Samuel Cohen, que por sua vez, deixou-o a seus filhos como herança. O prédio já passou por vários donos como o fotógrafo João Viana e atualmente o prédio pertence aos descendentes da família do Sr. Nadico (in memoriam)
Fonte: Museu Integrado de Óbidos
www.obidos.net.br - Fotos de João Canto e Vander N Andrade