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No dia 12 de dezembro de 2016, a Câmara Municipal de Vereadores de Óbidos aprovou por unanimidade o Projeto de Lei nº 5.101 criando o Distrito do Flexal, e no dia 13 de dezembro foi sancionada pelo Prefeito Mário Henrique.
O Projeto de Lei que criou o Distrito do Flexal foi proposto pelo vereador Rylder Afonso, almejado há muito tempo pela comunidade, que fica localizado cerca de 90 km da sede do município.
Distrito do Flexal será uma divisão territorial e administrativa em que certa autoridade administrativa, judicial ou fiscal exerce sua jurisdição.
Com a instalação do Distrito será empossado um Agente Distrital que deverá ser nomeado pelo Prefeito Municipal de Óbidos, conforme legislação municipal. As despesas decorrentes da implementação do Distrito ocorrerão por conta das dotações orçamentárias do Município.
Criado em 2016-12-16 16:30:49
Está acontecendo em Óbidos, no Cliper de Sant´Ana, VII Exposição Internacional de Presépios do Baixo Amazonas, que iniciou no dia 11 de dezembro, promovida pela Diocese de Óbidos e a Paróquia de Sant´Ana a qual se estenderá até o dia 27 de dezembro.
A exposição conta com o acervo vindo de países como Filipinas, França, Malawi, Moçambique, Itália, Alemanha, México, República Tcheca entre outros países, como também presépios das comunidades de Óbidos, que a cada ano vem aumentando o número de presépios apresentados pelas comunidades obidenses.
No período do evento está acontecendo apresentações natalinas em uma longa programação, até o dia do encerramento, 27 de dezembro. Na noite deste domingo, dia 11, logo após a Santa missa, registramos a apresentação do musical de um Coral, o qual foi muito aplaudido pelas pessoas que estavam presentes.
Segundo a devoção franciscana, o presépio foi encenado pela primeira vez por São Francisco de Assis, na cidadezinha de Greccio, na Itália. A representação foi feita ao vivo no dia 25 de dezembro de 1.223, usando animais e pessoas da região. Com os franciscanos, essa devoção ganhou o mundo.
Fotos de Wander N Andrade
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Criado em 2016-12-16 02:51:24
Registramos neste sábado, dia 10 de dezembro, o aniversário de um ano de Nicolas Guilherme, seus pais Guilherme Sarrazin e Darsone Marinho fizeram questão de comemorar este momento especial. O evento aconteceu no Terraço Bandeira Branca, onde seus amiguinhos e familiares puderam prestigiar uma belíssima festa. Felicidades Nícolas!
Fotos de Odirlei Santos
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Criado em 2016-12-15 18:48:06
Diplomação é o ato pelo qual a Justiça Eleitoral atesta que o candidato foi efetivamente eleito pelo povo e, por isso, está apto a tomar posse no cargo. Nessa ocasião, ocorre a entrega dos diplomas, que são assinados, conforme o caso, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ou da junta eleitoral.
Em Óbidos, o evento de diplomação dos eleitos foi presidido pela Juíza Karise Assad, presidente da 22ª Junta Eleitoral do Pará, aconteceu nesta quarta-feira, dia 14 de dezembro, onde estiveram presentes o prefeito eleito, Chico Alfaia; seu vice, Isomar Barros e os vereadores eleitos para os próximos quatro anos de mandato e convidados.
Os 13 vereadores diplomados foram os seguintes, pela ordem de votação: Francisco Rosinaldo Guimarães Cardoso, Rosinaldo Queiroz Ferreira, Nivaldo Aquino, Rylder Afonso, Vander Rubens Silva de Souza, Carlos Alberto Guimarães, Francisco Aquino Filho, Valdecy Silva Andrade, Isamarc Soares, Lindomar Marinho, José Carlos de Sousa, Francisco Amorim Azevedo e Kedson Ferreira Andrade.
O Prefeito eleito Chico Alfaia comentou sobre a diplomação: “É um momento importante para a democracia, para Óbidos, para mim e de muita reflexão sobre a dificuldade que o Brasil se encontra, que o município se encontra e que todos nós temos a responsabilidade de elevar o nome de Óbidos”.
A posse dos candidatos eleitos acontecerá no dia primeiro de janeiro, a partir daí, os mesmos terão quatro anos para deixar as suas marcas no município de Óbidos.
Fotos de Odirlei Santos
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https://www.obidos.net.br/index.php/component/search/?searchphrase=all&start=6980#sigProIdd15a00c08e
Criado em 2016-12-15 03:10:19
Os coordenadores da transição do Governo Municipal de Óbidos e prefeito atual Mário Henrique e o prefeito eleito, Chico Alfaia, reuniram a imprensa nesta terça-feira, dia 13, para explicar o processo de transição de governo, que está ocorrendo desde o mês de outubro.
O secretário de Governo, João Neto, iniciou sua fala informado que quando assumiram a prefeitura não houve o processo de transição e que este ano, tão logo saiu o resultado das eleições, a nova gestão foi informada que que receberiam todo apoio a realização da transição. Informou também que foi feito um decreto, no qual consta João Neto como Coordenador e Profa. Jacira, como coordenadora do Governo atual e outros Membros.
João Neto também informou que entregou para equipe atual toda documentação sobre os processos de licitação, documentos de obras do município, que estão em conclusão ou que já foram concluídas e que até o dia 20/12 estarão entregando toda documentação solicitada, inclusive em arquivos em HD e que já houve visitas do novo gorno em várias secretarias e que em outras ainda irão acontecer.
“Estamos fazendo questão de abrir todos os arquivos e informações possíveis, seja qual for a situação estamos dispostos a colaborar com o novo governo, sobretudo porque nós pensamos no município como um todo, os governos passam, mais os municípios ficam, portanto, o processo de transição está transcorrendo da forma mais transparente possível”, comentou João Neto.
Profa. Jacira, informou que o processo está sendo tranquilo e que estão conseguindo atingir os objetivos e que essa transição está ocorrendo na maior tranquilidade dentro da legalidade, baseada nas orientações do TCM e que até o dia 20 de dezembro, conseguirão fechar essa etapa de transição e que ainda tem alguns espaços para visitar, mas que as conversar com os secretários já aconteceram.
O novo Prefeito, Chico Alfaia, comentou: “Queria reforçar o que já foi falado aqui, pois é um momento de civilidade política em nosso município. Quando tivemos a reunião logo após as eleições, com a equipe do Prefeito Mário, isso ficou muito patenteado e muito claro, que nós teríamos uma transição tranquila e segura, em que o município não sofresse soluções de continuidade. Precisamos receber mais alguns documentos, mais já recebemos outros que estão sendo analisados, as visitas estão sendo feitas nas secretarias, os secretários municipais têm se colocado a nossa disposição, nos explicando como funciona cada departamento, isso vem ao encontro o que almejamos como futuro gestor deste município, é que a população possa receber um serviço de qualidade e com transparência”, comentou Alfaia.
O Prefeito Mário Henrique informou que transição é constitucional, entretanto alguns governos não cumprem e acabam gerando sérios problemas, inclusive com o judiciário. “Nós encaminhamos isso desde o início, colocando nosso ponto de vista sobre a transição procurando fornecer todas as informações possíveis, sejam elas boas ou não. Eu acho que os erros cometidos têm que ser corrigidos, e aquilo de bom, até ser seguido, que é natural num processo de continuidade administrativo, pois o município não pode parar de forma alguma”, comentou Mário.
Mário informou que está satisfeito com o andamento da comissão e que os técnicos estão mais diretamente nesse processo de transição, e que estão tendo plena liberdade de informar tudo que for necessário para os novos gestores e se colocou a disposição para qualquer outra informação necessária ao processo de transição.
Durante a coletiva, Chico Alfaia informou que diminuirá o número de secretarias, sendo que o Município ficará com 7(sete) secretarias, com objetivo cortar gastos, devido a crise que se espalhou por todos os munícios brasileiros, no sentido de equilibrar as finanças do município.
Secretarias que irão continuar serão as seguintes: Educação, Saúde, Produção, Governança, Infraestrutura, Cultura e Semdes. As demais que hoje existe, serão “penduradas” nessa estrutura de secretarias.
Foto de Odirlei Santos
Criado em 2016-12-15 01:59:32
Romualdo Saavedra de Andrade Figueira realizará na próxima sexta-feira, dia 16 de dezembro de 2016, o lançamento de seu livro autobiográfico “A trajetória de Vida de um Filho da Amazônia”, em Natal, Rio Grande do Norte.
O lançamento acontecerá a partir das 9h, na sede da Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil - AFABB, Natal, RN, Localizada na Av. Floriano Peixoto, 616, Tirol. O autor estará realizando sessão de autógrafos para quem adquirir seu livro.
O lançamento do livro em Óbidos, Belém, Manaus e Tefé (AM) ainda sem data prevista, entretanto em breve os livros estarão disponíveis para venda em Óbidos e Tefé.
O Autor
Romualdo Saavedra de Andrade Figueira nasceu em Óbidos, estado do Pará em 29/07/53, filho de Pedro Xapury de Andrade Figueira e Áurea Maria Pinheiro de Andrade Figueira. Concluiu o Curso Primário no Grupo Escolar José Veríssimo e o Curso Ginasial no Colégio Estadual São José, em Óbidos (PA). No ano de 1972 mudou-se para Manaus, onde concluiu o Curso de Laboratorista de Análises Clínicas, no Colégio Estadual do Amazonas. Em 1975 transferiu-se para a cidade de Tefé (Am), para assumir no Banco do Brasil. Morou novamente em Manaus, retornou novamente à Tefé e depois passou a morar em Natal, onde está residindo atualmente. Na capital capixaba, concluiu o 3º Grau e cursos em nível de pós-graduação. Hoje é aposentado pelo Banco do Brasil S.A. Seu livro autobiográfico também relata parte da história de seus pais e irmãos. Seus irmãos: Haroldo e Eduardo residem em Natal (RN); Graça em Óbidos (PA); Rubens em Tefé (AM); Otávio e Rita em Manaus (AM).
www.chupaosso.com.br
Criado em 2016-12-13 01:58:03
O Projeto “SOS Orla Marítima”, aconteceu em Óbidos no dia 09 de dezembro, que teve como objetivo realizar a limpeza da Orla da cidade de Óbidos, idealizado pelo Professor Carlos Vieira, e que envolveu várias entidades e cerca de 300 alunos das escolas do ensino médio das escolas São José e Prof. Maurício Hamoy.
Segundo o Prof. Carlos, “O Projeto propostos teve a participação da Direção das escolas e alunos das escolas São José e Prof. Maurício Hamoy. Tivemos como parceiros a UFOPA e a Igreja dos Santos dos Últimos Dias (Mormons). Se fez presente mais de 300 alunos e conseguimos retirar da praia, trecho compreendido entre a Pascoarelli e o porto de cima, mais a Praça dos Motoristas, mais de 300 sacos de lixo. Aproveitamos a oportunidade para agradecer o apoio do amigo Williams Canto, d. Edilena Aquino , Sônia Ferreira, ao Pipoca, imprensa e a todos que contribuíram direta ou indiretamente”.
Algumas dicas para manter a Cidade Limpa
Limpar a cidade é tarefa do poder público, mas acreditamos que mantê-la limpa é responsabilidade de todos.
A população pode colaborar com o trabalho da limpeza urbana com ações simples:
· Nunca jogar lixo nas ruas
· Não jogue lixo ou entulho nas vias públicas, córregos, lotes vagos, bueiros e encostas. Além de poluir a cidade, o lixo nas ruas entope bocas de lobo e pode provocar enchentes;
· Embale corretamente seu lixo, em sacolas resistentes, bem fechadas e de tamanho adequado, para evitar que elas se abram e espalhem os resíduos nas vias públicas. Lixo não embalado, além de exalar mau cheiro, atrai vetores de doenças;
· Zele pela conservação dos cestos coletores e dos contêineres de coleta seletiva. A depredação é prejudicial a todos;
· Respeite os dias e horários de exposição do lixo para coleta. Evite deixar seu lixo na rua por mais tempo que o necessário;
· Não queime o lixo, pois é uma prática proibida;
· É dever do proprietário do imóvel preservar e manter limpa a calçada em frente ao seu estabelecimento comercial ou sua residência;
· Quem produz entulho de construção civil deve dar a destinação adequada para eles, contratando um serviço para recolhimento e despejo em locais apropriados;
· Agulhas de seringas não devem ser jogadas no lixo; entregue-as em um posto de Saúde devidamente acondicionadas;
· Também não devem ser jogados no lixo domiciliar resíduos como pilhas, baterias, lâmpadas, pneus etc. Esses materiais constituem os chamados Resíduos Especiais e devem ter destinação especial. Pilhas e baterias, por exemplo, devem ser encaminhadas aos fabricantes, que são responsáveis pela sua destinação correta;
A seguir algumas imagens cedidas pelo prof. Carlos Vieira.
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Criado em 2016-12-11 13:29:50
A comunidade do Arapucu, em Óbidos, se reuniu na escola Wulfilda Rego nesta quinta-feira, dia 08, e celebrou o "Dia da Família", onde houve palestras aos discentes, os pais, entre outras pessoas da comunidade.
Durante o evento, além das Palestras feita pelos professores, com a temáticas: Ética na Família, Valores na Família, Os tipos de famílias na sociedade contemporânea e o que dizem as leis sobre a família, houve também apresentação do Grupo de Teatro Raizes do Quilombo, formado por jovens da comunidade.
Dia da Família
O Dia da Família é comemorado anualmente em 8 de dezembro no Brasil. A data serve para homenagear e lembrar a importância da presença da "instituição" familiar na vida de uma pessoa, ajudando na formação da educação, cultura, da moral e da ética comum a todos.
Família não é apenas mamãe e papai, mas também todos aqueles que cuidam e protegem. Uma família pode ser formada apenas pelos avós/avôs, mãe solteira, pai solteiro, mamãe e mamãe ou papai e papai. O que importa é quem cuida e educa o ser humano e não apenas quem "põe no mundo", como se diz popularmente.
Com informações e fotos de Francerlei.
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Criado em 2016-12-09 20:36:37
Os componentes do Bloco Pé na Cova, formado por obidenses e amigos, todo ano realizam sua confraternização de final de ano em Belém do Pará, e este ano acontecerá no dia 17 de dezembro, Churrascaria Albatroz, Altos, que fica localizado na Av. Nazaré próximo a Dr. Moraes, com início previsto para as 13h.
O Evento é marcado por alegria, descontração e muita festa de seus participantes, que este ano será animado pela Banda “Os Cobras” e músicos do próprio Bloco, e rolará muito carnaval. Os coordenadores do evento estarão vendendo camisas do bloco, reserve logo a sua entrando em contato com a Jota ou Bué.
Só lembrando, que o Bloco se reúne também todos os anos durante o Carnapauxis, em Óbidos.
O Convite está feito, vamos participar!
SERVIÇO:
Confraternização do Bloco Pé na Cova
DATA: 17 de dezembro de 2016 a partir das 15h.
Endereço: Churrascaria Albatroz, Altos, Avenida Nazaré, 189, proximo da Dr. Morais
Belém - Pará
Criado em 2016-12-09 12:43:26
Muratubinha é uma comunidade localizada na Costa Fronteira de Óbidos, subindo o Rio Amazonas, nas proximidades do Muratuba e do Paraná de Dona Rosa, que tem como padroeira Nossa Senhora da Conceição, festejada todo ano pela comunidade, em dezembro, desde 1938.
No sábado, dia 03 de dezembro, iniciou a festividade de Imaculada Conceição, com o Círio, a qual encerra nesta quinta-feira, dia 8. A festividade reuniu por uma semana os moradores do Muratubinha e das comunidades vizinhas, para festejar a padroeira da localidade.
Comunidade do Muratubinha
Muratubinha é considerada uma comunidade de remanescentes de quilombos e sua fundação data da época do século XIX, ainda na época da escravidão.
Quanto ao patrimônio histórico, há a igreja da comunidade que tem sua construção datada de 1857, e com sua festividade realizada sempre no mês de dezembro, e homenageia Nossa Senhora da Conceição.
O maior patrimônio natural desta comunidade talvez seja o próprio Igarapé Muratubinha, um dos afluentes do lado direito do Rio Amazonas, nasce no próprio Rio Amazonas e desagua no Lago Cativo, com 16km de extensão, e cujo nome significa tribo de índios (mura) e forte (tuba). Ele corta ao meio a Comunidade Muratubinha, remanescente quilombola. Este igarapé é fundamental para a comunidade, pois é o único meio por onde os comunitários trafegam via fluvial, tanto para procurar o pescado, uma fonte alimentícia fundamental para esta comunidade, como para ir à cidade comprar e vender gêneros alimentícios e outros.(viconsaga.com.br)
Fotos cedidas por Francerlei
Fotos do dia do Círio...
Criado em 2016-12-08 02:54:28
Alunos da Escola Maurício Hamoy produzem vídeo de "O Coronel Sangrado"
Criado em 2016-12-06 22:57:12
O Cacaulista, livro de Inglês de Souza, foi produzido em vídeo por alunos do São José
Criado em 2016-12-06 22:54:45
Criado em 2016-12-06 22:46:11
A obra "O Coronel Sangrado" de Inglês de Souza virou vídeo de curta metragem produzido por Alunos da Escola Prof. Maurício Hamoy, turma 205, manhã, totalmente gravado e editado pelos alunos, os quais estão concorrendo no concurso de obras literárias das escolas do ensino médio entre Óbidos, Oriximiná e Juruti.
O Coronel Sangrado (1877)
Autor: Inglês de Sousa
Local da ação: Óbidos, terra natal do escritor. Narrativa centrada nos costumes políticos da cidade, ao tempo do Segundo Império. Forte marca documentária.
Fragmento do livro:
O livro “Coronel Sangrado” traz uma história que é protagonizada pela própria região em que a trama se passa, a Amazônia, dando bastante espaço para a caracterização do ambiente.
Dentro disso desenvolve-se a história de: Coronel Sangrado, apelido dado ao Coronel Severino de Paiva, homem possuidor de um comportamento atípico; Miguel Faria, uma rapaz que já havia morado na cidade (Óbidos) e foi embora por desavenças com outro, o tenente-coronel Ribeiro, volta para a terra depois de cinco anos para rever sua mãe, D. Ana, e procurar seu verdadeiro amor, Rita, afilhada do tenente-coronel Ribeiro, seu arqui-inimigo.
As disputas políticas entre o partido conservador e o partido liberal, também são acontecimentos que marcam o livro.
Pretendia o Tenente-Coronel Severino eleger Miguel vereador, por quem se afeiçoara e decidira fazer dele seu protegido. No entanto, os planos do Coronel Sangrado não dão certo, entre outros motivos pelas intrigas paroquiais que se desenvolvem. Morre o Coronel Sangrado e Miguel, que nunca esquecera Rita, acaba tendo a realização de sua paixão, quando Moreira também morre num acidente, casando com ela.
O Coronel Sangrado é uma obra diferente da que o estudante atual está habituado a ler, por trazer ao leitor a experiência de como seria a vida do século XIX nas regiões amazônicas. Surpreendentemente as semelhanças em relação a caracterização do meio externo e das pessoas comuns presentes no enredo, com obras do mesmo período como Senhora, de José de Alencar, são muitas, tendo apenas como diferenciação a linguagem própria da região e objetos como meios de condução, vestimentas, etc.
O autor tem grande poder sensitivo, produzindo, a cada capítulo, sentimentos completamente diferentes em quem lê. Como em uns onde há presença de temas políticos, pode-se observar a utilização de expressões que deixam bem claro a atmosfera que se encontra a cena, já os de casos amorosos, fazem o leitor ficar sem fôlego a cada parágrafo, pelo uso, também, de expressões específicas.
Um livro que sem dúvida deve ser tratado com toda a pompa que é usada para citar seus sucessores, O Mulato, entre outros, por sua grande importância cultural e excelente história contada. (Darlan/skoob)
Criado em 2016-12-06 20:57:40
Alunos da Escola São José, em Óbidos, turma 202, turno da manhã, produziram um vídeo baseado no livro de Inglês de Sousa (1853-1918), “O Cacaulista”, para participarem de um concurso literário através de vídeos, segundo os alunos, idealizado pelo professor Daniel Bentes.
Segundo os alunos, o objetivo da produção dos vídeos é mostrar as obras literárias e "dizer" que os jovens de hoje ainda prestigiam obras de grandes escritores e também a divulgação dos trabalhos produzidos.
Os vídeos que irão participar do concurso buscam mostrar as obras literárias do autor obidense, os quais estão sendo produzidos por alunos do ensino médio de Óbidos.
Alunos participantes:
Luiza Helena, Daiandra Eduarda, Fabíola Paula, Tainá Suelem, Nathali, Lilian, Helen Thaís, Bianca Cibely, Lizama, Thiago, Edilvan, Jean, Rodrigo, Rony, Patrício, Iuly.
O Cacaulista
O Cacaulista, primeiro romance de uma série pensada por Inglês de Sousa, Cenas da Vida do Amazonas, desenvolve seu cenário na floresta amazônica. O autor teve que enfrentar dificuldades de transposição do eixo narrativo para as regiões do interior, destacando o rio-mar (Amazonas). Nas linhas iniciais, lemos: "algumas milhas acima da cidade de Óbidos, à margem do Paranamiri".
O Realismo
O Realismo tratado nas obras de Inglês de Sousa, segundo Barreto, se distingue não tanto pela descrição do ambiente natural, como nos romances clássicos do Naturalismo, mas fundamentalmente pela reconstituição do modo de vida dos habitantes das margens do rio Amazonas. A todo instante há passagens pormenorizadas do modo de vida amazônico oitocentista: os costumes, a rotina doméstica, as tarefas de subsistência, a sociabilidade, as relações de conflito e acomodação entre diferentes segmentos sociais, os preconceitos raciais, as manifestações folclóricas, as particularidades do linguajar regional, as crenças e práticas religiosas, as superstições e crendices populares, as regras de etiqueta, os padrões de civilidade, o lazer, as festas, etc.
Fotos e Vídeo cedidos pelos alunos da Turma 202.
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Criado em 2016-12-06 14:50:02
Com objetivo de divulgar o carnaval obidense denominado de Carnapauxis - a maior festa de carnaval de rua do oeste do Pará - a Associação dos Amigos e Filhos de Óbidos – AMAO, juntamente com o Bloco Águia Negra, realizaram neste domingo, dia 4, o I Águia Folia em Manaus.
O evento aconteceu na Mansão Timbiras e teve a participação da Banda da AMAO, DJ Naldo, DJ Marielson, Banda Mistura Show de Óbidos e como atração principal componentes do Bloco Águia Negra.
Durante o evento o Bloco Águia Negra apresentou sua nova música para o Carnapauxis 2017, como também houve a apresentação da Rainha e a Porta Estandarte do bloco, representadas pelas jovens Ana Trícia e Jamile Ingrid, respectivamente, as quais desfilaram para o público presente.
O Prefeito eleito de Óbidos, Chico Alfaia, esteve presente no evento e comentou: “Excelente iniciativa da Associação e Bloco Águia Negra, uma ação que, além da arrecadação de recursos financeiros, eleva e "vende” o Carnaval obidense para o Estado do Amazonas e atiça a vontade dos filhos de Óbidos que residem em Manaus a participarem dessa festa que é única e de todos nós”.
Durante o evento, como tradição do carnaval obidense, rolou muita Maisena.
Fotos de Odirlei Santos
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Criado em 2016-12-06 02:17:14
Foi realizado em Óbidos, na Praça da Cultura, neste sábado, dia 03 de dezembro, o I Festival da Caridade em prol do Hospital Dom Floriano, onde reuniu um excelente público, iniciando por volta das 16h e encerrando por volta da 03h, do dia 04, domingo.
Foi um dia especial para a população obidense que atendeu o chamado dos organizadores do evento, que teve como objetivo arrecadar recursos para o Hospital Dom Floriano (Santa Casa de Misericórdia de Óbidos), onde as pessoas puderam participara de várias modalidades esportivas e contribuir com o Hospital.
As seguintes modalidades esportivas aconteceram durante o evento: Futsal, Voley de quadra (Dupla Masculino) e de Areia (dupla) feminino, Tênis de mesa, que foi realizada na Liga Desportiva Obidense (LDO), e Torneio de pênaltis com premiação de R$ 1.500,00 em para a modalidade masculina e R$ 500,00 para o feminino, sendo que nesta modalidade a disputa iniciou as 16h e encerrou por volta das 3h da manhã do dia 4. Aconteceu também o sorteio da rifa com 30 valiosos brindes.
Alguns músicos obidenses, como Joelson, Trio Recordações, Pitbul do Arrocha, DJ Moraes e outros, também deram sua contribuição no evento, animando o público que esteve presente no evento.
Segundo Márcio Pinto, coordenador do evento, foi arrecadado R$ 40.617,00 (Quarenta mil, seiscentos e dezessete reais) que foi depositado na conta da Santa Casa de Misericórdia de Óbidos, no dia 06/12/2016. Ver comprovante nas imagens.
Fotos de Vander N Andrde
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Confira o resultado da Rifa.
Criado em 2016-12-05 22:06:11
Alunos da Escola São José, em Óbidos, turma 202, turno da manhã, produziram um vídeo baseado no conto “O BAILE DO JUDEU”, publicada em 1893, da obra “Contos Amazônicos”, do escritor obidense Inglês de Sousa (1853-1918), o qual possui aspectos regionalistas, apresentando o modo de vida e o imaginário do povo ribeirinho. “O Baile do Judeu”, sétimo conto da obra, é uma mistura de elementos de diferentes superstições e crendices populares, o qual postamos na integra, no final desta matéria.
Segundo os alunos, o vídeo tem como objetivo divulgar e mostrar que na cidade de Óbidos existem talentos literários e uma riquíssima Cultura, onde se destacam autores que ressaltam os costumes e a cultura do lugar, que fazem parte com suas obras.
Os alunos informaram que a ideia foi do professor Daniel que fez uma proposta para que os alunos produzissem vídeos baseados nas obras de autores obidenses, com o intuito de mostrar que Óbidos existem grandes escritores e que muitos são reconhecidos não só em Óbidos, mas no Brasil e no mundo, como por exemplo de Inglês de Souza, um dos obidenses fundadores da Academia Brasileira de Letras.
O Vídeo
Com referência ao vídeo, o mesmo apresenta o baile promovido por um Judeu em sua casa, às margens do rio Amazonas, para alguns moradores da Vila onde morava. Na festa estavam presentes indivíduos importantes como o tenente-coronel Bento de Arruda (comandante da guarda nacional) e sua esposa D. Mariquinhas, o Dr. Filgueiras, o capitão Coutinho (comissário das terras), o Delegado de Polícia, o coletor, o agente da companhia do Amazonas, e demais convidados.
Durante o auge do baile entrou no salão um sujeito estranho com um grande casaco e um chapéu que não deixava ver o rosto. O indivíduo desconhecido tira D. Mariquinhas para uma dança, havendo curiosidade e surpresa de todos os que estavam ali presentes. Eles, então, começaram a dançar de maneira frenética e desordenada sem parar. A esposa de Bento de Arruda, com o passar do tempo, apresenta cansaço e muito desconforto. De repente, em um turbilhão, o sujeito deixa cair seu chapéu revelando à todos sua cabeça furada. Ao invés de homem era um boto que saiu rodopiando e arrastando D. Mariquinhas pela porta fora até a ribanceira do rio e de lá saltou, afundando no rio com a moça.
Gravado, Produzido e Renderizado por Fred Mercury Producer (Frederico Lopes)
Integrantes
Juracy Rocha; Thayná Vacsoncelos; Jaime Júnior; Deisiane Nunes; Rafael Nunes; Wesley; Guimarães; Daiane Meneses; Alfredo Gomes; Luis Andrey; Laura Beatriz; Helena Cristina; Douglas Pinheiro; Flávio Baia; José Alcir; Marcos Heron; Samanta Souza; Leilane Vasconcelos e Alice Silva.
Fotos cedidas pelos Alunos
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Ora, um dia, lembrou-se o Judeu de dar um baile e atreveu-se a convidar a gente da terra, a modo de escárnio pela verdadeira religião de Deus Crucificado, não esquecendo, no convite, família alguma das mais importantes de toda a redondeza da vila. Só não convidou o vigário, o sacristão, nem o andador das almas, e menos ainda o Juiz de Direito; a este, por medo de se meter com a Justiça, e aqueles, pela certeza de que o mandariam pentear macacos.
Era de supor que ninguém acudisse ao convite do homem que havia pregado as bentas mãos e os pés de Nosso Senhor Jesus-Cristo numa cruz, mas, às oito horas da noite daquele famoso dia, a casa do Judeu, que fica na rua da frente, a umas dez braças, quando muito, da barranca do rio, já não podia conter o povo que lhe entrava pela porta adentro; coisa digna de admirar-se, hoje que se prendem bispos e por toda parte se desmascaram lojas maçônicas, mas muito de assombrar naqueles tempos em que havia sempre algum temor de Deus e dos mandamentos de sua Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana.
Lá estavam, em plena judiaria, pois assim se pode chamar a casa de um malvado Judeu, o tenente-coronel Bento de Arruda, comandante da guarda nacional, o capitão Coutinho, comissário das terras, o dr. Filgueiras, o delegado de polícia, o coletor, o agente da companhia do Amazonas; toda a gente grada, enfim, pretextando uma curiosidade desesperada de saber se, de fato, o Judeu adorava uma cabeça de cavalo mas, na realidade, movida da notícia da excelente cerveja Bass e dos sequilhos que o Isaac arranjara para aquela noite, entrava alegremente no covil de um inimigo da Igreja, com a mesma frescura com que iria visitar um bom cristão.
Era em junho, num dos anos de maior enchente do Amazonas. As águas do rio, tendo crescido muito, haviam engolido a praia e iam pela ribanceira acima, parecendo querer inundar a rua da frente e ameaçando com um abismo de vinte pés de profundidade os incautos transeuntes que se aproximavam do barranco.
O povo que não obtivera convite, isto é, a gente de pouco mais ou menos, apinhava-se em frente a casa do Judeu, brilhante de luzes, graças aos lampiões de querosene tirados da sua loja, que é bem sortida. De torcidas e óleo é que ele devia ter gasto suas patacas nessa noite, pois quantos lampiões bem lavadinhos, esfregados com cinza, hão de ter voltado para as prateleiras da bodega.
Começou o baile às oito horas, logo que chegou a orquestra composta do Chico Carapanã, que tocava violão; do Pedro Rabequinha e do Raimundo Penaforte, um tocador de flauta de que o Amazonas se orgulha. Muito pode o amor ao dinheiro, pois que esses pobres homens não duvidaram tocar na festa do Judeu com os mesmos instrumentos com que acompanhavam a missa aos domingos na Matriz. Por isso dois deles já foram severamente castigados, tendo o Chico Carapanã morrido afogado um ano depois do baile e o Pedro Rabequinha sofrido quatro meses de cadeia por uma descompostura que passou ao capitão Coutinho a propósito de uma questão de terras. O Penaforte, que se acautele!
Muito se dançou naquela noite e, a falar a verdade, muito se bebeu também, porque em todos os intervalos da dança lá corriam pela sala os copos da tal cerveja Bass, que fizera muita gente boa esquecer os seus deveres. O contentamento era geral e alguns tolos chegavam mesmo a dizer que na vila nunca se vira um baile igual!
A rainha do baile era, incontestavelmente, a D. Mariquinhas, a mulher do tenente-coronel Bento de Arruda, casadinha de três semanas, alta, gorda, tão rosada que parecia uma portuguesa. A D. Mariquinhas tinha uns olhos pretos que tinham transtornado a cabeça de muita gente; o que mais nela encantava era a faceirice com que sorria a todos, parecendo não conhecer maior prazer do que ser agradável a quem lhe falava. O seu casamento fora por muitos lastimado, embora o tenente-coronel não fosse propriamente um velho, pois não passava ainda dos cinquentas; diziam todos que uma moça nas condições daquela tinha onde escolher melhor e falava-se muito de um certo Lulu Valente, rapaz dado a caçoadas de bom gosto, que morrera pela moça e ficara fora de si com o casamento do tenente-coronel; mas a mãe era pobre, uma simples professora régia!
O tenente-coronel era rico, viúvo e sem filhos e tantos foram os conselhos, os rogos e agrados e, segundo outros, ameaças da velha, que D. Mariquinhas não teve outro remédio que mandar o Lulu às favas e casar com o Bento de Arruda. Mas, nem por isso, perdeu a alegria e amabilidade e, na noite do baile do Judeu, estava deslumbrante de formosura. Com seu vestido de nobreza azul-celeste, as suas pulseiras de esmeraldas e rubis, os seus belos braços brancos e roliços de uma carnadura rija; e alegre como um passarinho em manhã de verão. Se havia, porém, nesse baile, alguém alegre e satisfeito de sua sorte, era o tenente-coronel Bento de Arruda que, sem dançar, encostado aos umbrais de uma porta, seguia com o olhar apaixonado todos os movimentos da mulher, cujo vestido, às vezes, no rodopiar da valsa, vinha roçar-lhe as calças brancas, causando-lhe calafrios de contentamento e de amor.
Às onze horas da noite, quando mais animado ia o baile, entrou um sujeito baixo, feio, de casacão comprido e chapéu desabado, que não deixava ver o rosto, escondido também pela gola levantada do casaco. Foi direto a D. Mariquinhas, deu-lhe a mão, tirando-a para uma contradança que ia começar.
Foi muito grande a surpresa de todos, vendo aquele sujeito de chapéu na cabeça e mal-amanhado, atrever-se a tirar uma senhora para dançar, mas logo cuidaram que aquilo era uma troça e puseram-se a rir, com vontade, acercando-se do recém-chegado para ver o que faria. A própria mulher do Bento de Arruda ria-se a bandeiras despregadas e, ao começar a música, lá se pôs o sujeito a dançar, fazendo muitas macaquices, segurando a dama pela mão, pela cintura, pelas espáduas, nos quase abraços lascivos, parecendo muito entusiasmado. Toda a gente ria, inclusive o tenente-coronel, que achava uma graça imensa naquele desconhecido a dar-se ao desfrute com sua mulher, cujos encantos, no pensar dele, mais se mostravam naquelas circunstâncias.
- Já viram que tipo? Já viram que gaiatice? É mesmo muito engraçado, pois não é? Mas quem será o diacho do homem? E essa de não tirar o chapéu? Ele parece ter medo de mostrar a cara... Isto é alguma troça do Manduca Alfaiate ou do Lulu Valente! Ora, não é! Pois não se está vendo que é o imediato do vapor que chegou hoje! E um moço muito engraçado, apesar de português! Eu, outro dia, o vi fazer uma em Óbidos, que foi de fazer rir as pedras! Agüente, dona Mariquinhas, o seu par é um decidido! Toque para diante, seu Rabequinha, não deixe parar a música no melhor da história!
No meio de estas e outras exclamações semelhantes, o original cavalheiro saltava, fazia trejeitos sinistros, dava guinchos estúrdios, dançava desordenadamente, agarrando a dona Mariquinhas, que já começava a perder o fôlego e parara de rir. O Rabequinha friccionava com força o instrumento e sacudia nervosamente a cabeça. O Carapana dobrava-se sobre o violão e calejava os dedos para tirar sons mais fortes que dominassem o vozerio; o Pena-forte, mal contendo o riso, perdera a embocadura e só conseguia tirar da flauta uns estrídulos sons desafinados, que aumentavam o burlesco do episódio. Os três músicos, eletrizados pelos aplausos dos circunstantes e pela originalidade do caso, faziam um supremo esforço, enchendo o ar de uma confusão de notas agudas, roucas e estridentes, que dilaceravam os ouvidos, irritavam os nervos e aumentavam a excitação cerebral de que eles mesmos e os convidados estavam possuídos.
As risadas e exclamações ruidosas dos convidados, o tropel dos novos espectadores, que chegavam em chusma do interior da casa e da rua, acotovelando-se para ver por sobre a cabeça dos outros; sonatas discordantes do violão, da rabeca e da flauta e, sobretudo, os grunhidos sinistramente burlescos do sujeito de chapéu desabado, abafavam os gemidos surdos da esposa de Bento de Arruda, que começava a desfalecer de cansaço e parecia já não experimentar prazer algum naquela dança desenfreada que alegrava tanta gente.
Farto de repetir pela sexta vez o motivo da quinta parte da quadrilha, o Rabequinha fez aos companheiros um sinal de convenção e, bruscamente, a orquestra passou, sem transição, a tocar a dança da moda.
Um bravo geral aplaudiu a melodia cadenciada e monótona da "varsoviana", a cujos primeiros compassos correspondeu um viva prolongado. Os pares que ainda dançavam retiraram-se, para melhor poder apreciar o engraçado cavalheiro de chapéu desabado que, estreitando então a dama contra o côncavo peito, rompeu numa valsa vertiginosa, num verdadeiro turbilhão, a ponto de se não distinguirem quase os dois vultos que rodopiavam entrelaçados, espalhando toda a gente e derrubando tudo quanto encontravam. A moça não sentiu mais o soalho sob os pés, milhares de luzes ofuscavam-lhe a vista, tudo rodava em torno dela; o seu rosto exprimia uma angústia suprema, em que alguns maliciosos sonharam ver um êxtase de amor.
No meio dessa estupenda valsa, o homem deixa cair o chapéu e o tenente-coronel, que o seguiu assustado, para pedir que parassem, viu, com horror, que o tal sujeito tinha a cabeça furada. Em vez de ser homem, era um boto, sim, um grande boto, ou o demônio por ele, mas um senhor boto que afetava, por um maior escárnio, uma vaga semelhança com o Lulu Valente. O monstro, arrastando a desgraçada dama pela porta fora, espavorido com o sinal da cruz feito pelo Bento de Arruda, atravessou a rua, sempre valsando ao som da 'varsoviana" e, chegando à ribanceira do rio, atirou-se lá de cima com a moça imprudente e com ela se atufou nas águas.
Desde essa vez, ninguém quis voltar aos bailes do Judeu.
Criado em 2016-12-04 14:00:58
Aproxima-se mais um círio e festa da Imaculada Conceição, padroeira do povo católico da comunidade Muratubinha, na Costa de Cima, no Município de Óbidos, oeste do Pará. Momento de graças, momento da comunidade católica expressar sua fé em nossa senhora, a mãe de Jesus.
Na celebração de mais uma festividade, que iniciará neste sábado, dia 03, com o Círio, se estenderá até o dia 08 de dezembro, desejamos um feliz círio e festa a todos, de muita paz e que a presença de nossa senhora nos lares seja vivenciada com muita oração e reflexão. Momento oportuno para darmos as mãos e vivermos como verdadeiras famílias de Deus.
Fotos e informações de Francerlei
Criado em 2016-12-03 15:15:05
Haroldo Figueira
Quem é do sexo masculino e nasceu no norte do país conheceu bem, quando criança, o efeito perturbador do ataque desse bichinho quase invisível que atende pelo nome de mucuim. Também não deve guardar lembranças agradáveis da jiquitaia, formiga minúscula, igualmente encontrada nas plagas amazônicas, com a ressalva de que, neste caso, suas recordações não se restringem apenas ao período da infância.
O mucuim é uma espécie de ácaro vermelho, presente nos gramados e capinzais de um modo geral. Para enxergá-lo é preciso uma dose extra de esforço ocular. Isso porque, além de muito pequeno, a vermelhidão que deixa na parte do corpo onde se aloja ajuda a camuflá-lo. Quanto à jiquitaia, é possível visualizá-la a olho nu com um pouco mais de nitidez.
Os dois agem sobre a epiderme de modos diferentes. O mucuim instala-se, principalmente, na área externa da bolsa testicular, grudando ali feito carrapato e desencadeando no local uma coceira tão irritante, quanto persistente. Já a jiquitaia é menos seletiva e não escolhe lugar no corpo para aplicar as suas ardidas alfinetadas.
A despeito do espaço temporal que separa o garoto de ontem às voltas com infestações de mucuins, do homem de cabelos brancos de hoje que há muitos anos perdeu o contato com o parasita, nunca me esqueci daquela desesperadora vontade de coçar que parecia não dar tréguas. Recordo, também, que para me ver livre desse prurido irritante, precisava contar com o auxílio da minha mãe. Era ela quem, munida de uma agulha esterilizada na chama do fogão ou de um espinho de laranjeira, desencravava os pequenos ácaros das partes afetadas.
Mães são anjos benfazejos sempre prontos a socorrer suas crias quando estas se encontram em dificuldade. Meu filho caçula que o diga. Norte-rio-grandense de Natal, não conhecia mucuim, nem jiquitaia. Em 1981, retornei a Óbidos com a família para uma temporada de trabalho. O menino tinha, então, dois anos. Acho que não chegou a entrar em contato com o primeiro, mas logo aprendeu a chamar a formiga pelo nome. De vez em quando se ouviam seus gritos ecoando pela casa: - jiquitaia, jiquitaia! A mãe acorria de imediato e, carinhosamente, tentava mitigar as dores do moleque untando com Vick VapoRub as pequenas lesões cutâneas deixadas pelo inseto.
Eu mesmo protagonizei uma “pegadinha” envolvendo jiquitaias. Certa vez, no início dos anos 1970, viajei para Manaus. Hospedei-me, à época, em uma república, onde dois dos meus irmãos dividiam o aluguel e a moradia com outros jovens conterrâneos. A habitação era modesta, condizente com as poucas posses daqueles que, ainda iniciantes, batalhavam para vencer na vida. Não havia banheiro completo na residência. O vaso sanitário ficava no interior da casa, mas para tomar banho, fazia-se necessário deslocar-se até um quadrilátero de madeira, sem cobertura, construído nos fundos do terreno, na divisa com o lote contíguo. Dentro, apenas um barril com água e uma cuia com a ajuda da qual se molhava o corpo.
Uma noite desci para banhar-me. Terminada a tarefa, lancei mão da toalha que havia estendido em uma das paredes e comecei a enxugar-me. Não demorou para que sentisse nas costas o ardor característico das ferroadas. Aturdido com a inesperada ofensiva, acabei descuidando-me do liso chão de assoalho sob os meus pés. Resultado: escorreguei, meu corpo projetou-se contra uma das laterais do cubículo e fui parar no quintal do vizinho, do jeito que vim ao mundo.
Só não paguei um mico maior porque estava escuro e, aparentemente, ninguém se apercebeu do acidente. Rapidamente levantei-me, limpei-me, vesti-me, procurei recolocar as tábuas que haviam se despregado por ocasião da queda encostando-as no vão aberto deixado na parede e retornei para casa, com o lombo em fogo e maldizendo minhas iradas agressoras.
Há um antigo ditado popular que reza: tamanho não é documento. O adágio aplica-se aos humanos e visa contrapor-se à tese de superioridade entre eles baseada na estatura física. Penso que o ensinamento que ele embute deveria valer para todo o reino animal. Com efeito, nada obstantes as enormes diferenças de porte e de força que temos em relação a minúsculos seres como jiquitaias, mucuins, carapanãs (notadamente da modalidade aedes aegypti), piuns, etc., esses animaizinhos não só nos enfrentam, como são capazes de causar-nos transtornos consideráveis.
Natal, 01 de dezembro de 2016.
Criado em 2016-12-03 00:20:24