Total: 7499 results found.
Página 192 de 375
O Boletim Informativo do Covid-19 semanal divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Óbidos nesta sexta-feira, dia 16 de abril, registrou 118 novos casos. Diminuiu em relação a semana passada que registrou 135 casos. Esta semana houve 3 óbitos, no total já somam 113.
Destacamos aqui, que esta semana foram recuperadas 108 pessoas, ao todo 4.866 recuperados, sendo que muitas dessas pessoas passaram pelo Hospital Dom Floriano e Hospital 24h, que diminuiu para 14 pessoas internadas, nove a menos que na semana passada, conforme boletim. Em casos mais graves, os pacientes estão sendo encaminhados para os hospitais de Santarém, Itaituba ou Juruti.
No total, já foram registrados 5.510 casos positivos, sendo que: Em casa: 517; Internados: 14; Recuperados: 4.866, Óbitos: 113 casos. Foram registrados 307 casos suspeitos notificados e 838 pessoas estão em monitoramento.
A seguir estamos postando o Boletim Semanal de 16/04/2021.
Criado em 2021-04-17 14:27:10
Haroldo Figueira.
Óbidos me traz, sempre, boas lembranças. E nem podia ser diferente. Os melhores anos de minha vida ou, para ser mais preciso, o período que vai desde que me entendo por gente, até o nascimento de minha primeira filha, eu o vivi lá. Tenho, portanto, muitas recordações guardadas a evocar. De vez em quando uma me vem à mente.
Hoje, por exemplo, me peguei pensando, mais uma vez, no empino de papagaios – tema sobre o qual já escrevi a respeito em outra oportunidade e ao qual retorno, agora para abordá-lo sob outro enfoque. Tratava-se de umas das brincadeiras infantis que eu mais apreciava. Não só pelo prazer de ver aqueles objetos feitos com papel de seda colorido, alguns confeccionados por mim mesmo, dançando no ar, mas também porque me aprazia agitá-los em movimentos serpenteantes, embicando-os quase até o chão, para em seguida fazê-los subir e ganhar altura.
O que deixava o folguedo mais empolgante, contudo, era o “lancear” que, na linguagem regional “papagaiês” significava disputar para ver quem, entre dois contendores, ao cruzar os barbantes de sustentação embebidos em cerol – substância cortante feita à base de cola de madeira derretida e vidro moído –, conseguia seccionar por primeiro a linha do outro, promovendo a queda do papagaio do adversário.
Fazia parte do jogo um componente adicional. Para o bom lanceador, não bastava apenas “cortar” o papagaio do competidor. A façanha completava-se quando o vencedor além de derrubar o objeto da competição, não deixava que este fosse ao chão, aparando-o em plena queda e trazendo-o até si para exibi-lo como troféu. Essa manobra era conhecida como “cortar e aparar”.
Como em toda disputa esportiva, os melhores eram enaltecidos pelo público aficionado. Havia, na minha época, alguns bons lanceadores: Xarão, irmão do Merunga, os irmãos Domingos e Benito Savino, etc. Existia um, porém, que se destacava entre os demais. Esse era considerado imbatível. Tratava-se do Wander, filho de seu Ataulfo. A explicação para a o sucesso de seu desempenho residiria, segundo especulações dos “papagaieiros” de então, na fórmula do cerol que utilizava e que ele fazia questão de manter em segredo.
Falar disso me fez aflorar de repente à memória um mico que minha turma e eu pagamos. Integrava meu círculo de amigos de infância uma pessoa com quem o grupo se dava muito bem. Tratava-se de um bom companheiro, mas que tinha por hábito mentir descaradamente. Omito seu nome, pois já não encontra entre nós. Morreu jovem, de uma morte trágica, por sinal. Pois bem, esse parceiro chegou alardeando, certa vez, que descobrira o segredo do cerol do Wander que o teria revelado para ele. Como moravam próximos, achamos que, dessa vez, talvez estivesse falando a verdade.
Embora relutantes no início, rendemo-nos aos seus argumentos. Até porque se dispunha a participar ativamente das ações relacionadas com as histórias mirabolantes que contava. No episódio do suposto cerol de “legítima” procedência, criado por sua imaginação fantasiosa, ele se superou. Pôs literalmente a mão na massa, ajudando-nos a elaborá-lo.
Eis a receita que nos repassou: cola, goma de tapioca, vidro (tinha de ser daqueles de cor azul escuro, usado como recipiente de leite de magnésia) pilado no almofariz (pilão de mesa de metal destinado a triturar temperos), gotas de ácido fênico (utilizados como antisséptico por dentistas da época) e, pasmem... cocô de galinha.
A despeito da bizarrice da composição, seguimos o receituário. Besuntamos nossas linhas com a mistura cortante e entramos confiantes na peleja aérea. Para nossa decepção, fomos facilmente abatidos. E pior, quem derrubou nossos papagaios não era nenhum craque na arte de lancear, mas um empinador qualquer, sem fama, sem tradição. A experiência resultou em um retumbante fiasco! Tanto trabalho, tanto empenho (inclusive tendo de vencer o nojo de manusear titica), tanta expectativa de triunfo, para nada.
Só bem mais tarde a ficha caiu e nos demos conta de que havíamos sido ludibriados. Não nos revoltamos com o papel de otários, até pelo tempo transcorrido desde que o fato ocorreu. Aceitamos o episódio com bom humor. Afinal, éramos crianças e, nessa fase da vida, a ingenuidade e a credulidade são comuns. Deu para presumir, também, que a causa de nossos brinquedos terem ido ao chão de modo tão rápido foi o ácido fênico contido na fórmula do falso cerol. Em contato com as linhas, a substância deve tê-las corroído, enfraquecendo-as.
A amizade com o nosso parceiro mentiroso continuou. Só que agora, ressabiados, não embarcávamos facilmente nas lorotas que contava. Hoje, ao revisitar o passado e me fixar na figura desse comparsa de incontáveis aventuras infantis percebo que, tirante o cacoete de faltar com a verdade, era um cara divertido, de quem sinto saudade. Lamento seu prematuro passamento e, vez por outra, rezo pelo descanso de sua alma.
Criado em 2021-04-17 13:08:51
O obidense Edsérgio de Moraes Pinto foi 67ª vida salva da Covid no Hospital 9 de Abril que passou a ser referência no enfrentamento à Pandemia para as cidades do Baixo Amazonas.
A alta do paciente Edsérgio de Moraes Pinto, 53, na tarde desta sexta-feira (16), recuperado da Covid-19, marcou a 67ª vida salva da Covid dentro da ala exclusiva para atendimento a pacientes portadores do novo Coronavírus no Hospital 9 de abril na Providência de Deus, em Juruti/PA. O setor foi inaugurado há três meses, durante a fase mais aguda da Pandemia na região Amazônica.
Com uma carta escrita à mão, ele homenageou os profissionais da unidade expressando sua gratidão por cada atendimento que recebeu nos 24 dias que ficou internado, sendo 15 deles em Unidade de Terapia Intensiva. “Foram dias e noites difíceis, mas com muita fé em Deus e em Jesus e com os trabalhos incansáveis dos médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e da ciência medicinal, tivemos êxito em nossa recuperação. Com a graça de Deus, neste dia 16 de abril, aconteceu [minha] saída hospitalar. Aos profissionais que tive a oportunidade de conhecer, os encontros foram com alegria, sorriso amigo e amor ao próximo”, escreveu Edsérgio.
Ao todo, 55% dos pacientes atendidos conseguiram se reabilitar após atendimento no setor.
Antes de possuir a atual estrutura, o hospital conseguia apenas estabilizar os pacientes em leitos de terapia semi-intensiva para transferi-los aos hospitais de referência em Santarém ou Itaituba.
O médico intensivista Helton Azulay é um dos 60 profissionais da equipe multiprofissional que atua na ala Covid do Hospital 9 de Abril. Para ele, oferecer tratamento numa Unidade de Terapia Intensiva exclusiva para esses casos faz toda a diferença, ainda mais diante do atual cenário de
piora da Pandemia em todo o país. Das 67 altas, 20 passaram por um período de internação na UTI.
“Temos visto que a doença se tornou mais forte com a nova variante P1, e os pacientes que evoluem para a forma grave da Covid, chega ainda mais debilitados. Ter essa ala exclusiva, com equipamentos de ponta e com recursos específicos como a hemodiálise, faz toda a diferença na hora de salvar vidas”, explica.
Desde janeiro, além de atender a população de Juruti, o Hospital 9 de Abril também acolheu em sua ala Covid, pacientes de Alenquer, Curuá, Faro, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Terra Santa e Curuai (distrito de Santarém).
Criada em parceria com a Alcoa e mantida através de um convênio firmado com a Secretaria de Estado da Saúde do Governo do Pará, a ala Covid da unidade conta com 22 leitos clínicos, sendo 15 deles destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), e dez leitos de UTI, todos 100% SUS. Além disso, o investimento se estendeu a uma usina de oxigênio para garantir que o insumo não falte aos pacientes internados que necessitam desse tratamento.
Para a administradora do Hospital 9 de Abril, Roseana Nobre, ainda há muitas dificuldades a serem superadas, mas nenhuma delas supera a emoção de salvar vidas. “A cada alta realizada, nossa equipe se fortalecer para enfrentar as dificuldades de distância, logística e gravidade da doença. Mas saber que estamos conseguindo reabilitar boa parte dos pacientes e devolvê-los para os braços dos seus familiares, não tem preço”, afirma. ALSF no Baixo Amazonas.
Desde 2015, o Hospital 9 de Abril é administrado pela Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. A Organização Social em Saúde também é responsável pelo Barco Hospital Papa Francisco, Barco Hospital São João Paulo II e o Hospital Dom Floriano, em Óbidos/PA.
FONTE: Comunicação/Hostipal 9 de Abril
Criado em 2021-04-16 22:22:57
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Óbidos - Semma, na quinta-feira 15/04, realizou a soltura de 300 quelônios, devolvendo-os ao seu habitat natural para que possam garantir a manutenção da espécie.
Segunda a Secretária Maria José, a ação tem como objetivo a preservação: "Estamos trabalhando para garantir a preservação do meio ambiente, já estamos trabalhando nesse projeto há um tempo, e esperamos que as pessoas possam ter consciência em preservar a espécie", informou a Secretária.
Informações e fotos Semma/Óbidos
FOTOS...
Criado em 2021-04-16 21:47:16
A Enfermeira Herbene, da Secretaria de Saúde falou sobre a continuidade da vacinação no município de Óbidos, onde se iniciou mais uma fase da vacinação e que o público alvo principal e a faixa etária de 60 a 64 anos de idade, dessa vez segundo a enfermeira, veio uma remessa maior de doses e a secretaria está com a disposição de 560 e para melhorar o atendimento foi descentralizado a vacinação para que os moradores dos bairros mais distantes possam ter acesso ao serviço.
Segundo o cronograma terá ponto fixo em cada bairro, lembrando que Centro e Lourdes será atendido na Praça da Cultura, Cidade Nova e São Francisco na Sede do Poço Renascer, no bairro do Bela Vista do Bar do Lúcio, bairro de Fátima próximo à Praça dos Pescadores, bairros do Perpetuo Socorro e São José Operário serão atendidos na Associação Comunitária e no Bairro de Santa Terezinha no Bar do Cachorrão.
A vacinação teve início às 8h00 e vai até as 15h00, e as pessoas acima de 65 anos que ainda não recebam a primeira dose que se dirijam a um ponto de vacinação mais próximo levando sua carteira de identidade, carteira de vacina e cartão do SUS, e receba a sua primeira dose.
Informações e fotos Comunicação/PMO
FOTOS...
Criado em 2021-04-16 17:43:59
É o que revela é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua, realizada pelo IBGE em 2019, cujos dados sobre Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) foram divulgados nesta quarta-feira(14).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar os dados mais recentes sobre Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua. A coleta foi realizada no quarto trimestre de 2019 e investigou acesso a internet e televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal entre pessoas com 10 anos ou mais de idade, em todo o Brasil.
No Pará, a pesquisa revelou que a TV ainda era mais presente nos domicílios do que a internet e que o estado é um dos últimos em percentual de domicílios que contam com acesso à rede mundial de computadores.
Em 2019, 73,3% dos domicílios paraenses contavam com internet. Na lista dos estados brasileiros, o Pará era o antepenúltimo, à frente apenas de Alagoas (73,2%) e Acre (71,4%). Já a TV estava presente em 91% dos domicílios do Pará. Apenas 24,5% dos domicílios contavam com microcomputador ou tablete e 88,2% tinham telefone móvel celular.
Mais de 2 milhões de residentes no Pará (2.075.000 pessoas no total) ainda moravam em domicílios em que não havia utilização de internet. A maioria não tinha acesso por motivos financeiros: para 558 mil, o serviço era caro, enquanto 350 mil diziam que não tinham condições de pagar pelo equipamento para ter acesso à internet. 545 mil pessoas não tinham acesso por morar em áreas sem disponibilidade para esse tipo de serviço. Outras 119 mil pessoas moravam em casas onde não havia internet porque ninguém sabia usar.
No grupo dos domicílios que contavam com internet (73,3%), 99,7% tinha acesso via aparelho celular. 27,4% acessava por meio de computador ou tablete. Em 15,6% o acesso era feito pela TV.
Em 2019, 66% dos residentes no Pará com 10 anos de idade ou mais tinha aparelho de telefonia móvel. 6,8% era o percentual de pessoas (de 10 anos ou mais) que não tinham telefone móvel celular para uso pessoal porque o serviço não estava disponível.
66,1% das pessoas com 10 anos de idade ou mais havia utilizado internet nos três meses anteriores à data da coleta. Na capital, Belém, esse percentual alcançou 80,6%. 11,1% das pessoas com 10 anos ou mais declarou que, nos três meses anteriores à coleta, não havia utilizado internet porque o serviço não estava disponível nos locais que costumava frequentar.
Televisão
No Pará, em 2019, 91% dos domicílios tinha televisão. Em 86,1% dos domicílios, as TV’s contavam com conversor para receber sinal digital de televisão aberta, mas 15,1% delas não recebia sinal apesar de ter o aparelho conversor. 18,2% dos domicílios tinha acesso a serviço de televisão por assinatura. O percentual de domicílios que tinham televisão com recepção de sinal de televisão por antena parabólica era 35,6%.
FONTE: IBGE
Criado em 2021-04-15 20:33:53
A Vacinação contra a Covid-19, em Óbidos, terá continuidade nesta sexta-feira, dia 16 de abril, em postos que serão instalados em vários Bairros, conforme programação a seguir, divulgado pela Secretaria de Saúde, nos seguinte horários: das 8 às 15h, no sistema Drive-Thru, sendo que os Idosos pedestres nesta faixa etária também poderão ser vacinados na hora.
DRIVE-THRU ITINERANTE NOS BAIRROS
Bairros: Centro e Lourdes, Local: Praça da Cultura;
Bairros: Cidade Nova e São Francisco, Local: Poço Renascer;
Bairro: Bela Vista, Local: Bar do Lúcio;
Bairro: Fátima, Local: Ao lado do Bar 6D, próximo a Praça dos Pescadores;
Bairros: Perpétuo Socorro e São José Operário, Local: ACOPS (Associação Comunitária);
Bairro: Santa Terezinha, Local: Em frente ao Bar do Cachorrão;
Horário: das 8 às 15h, Data: 16 de abril de 2021;
Orientação: Tenha em mãos a Carteira de Vacina, Cartão SUS, CPF e RG.
Obs: Idosos pedestres nesta faixa etária também poderão ser vacinados na hora.
Programação:
Criado em 2021-04-15 15:37:15
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Semma fez na manhã desta quarta-feira (14), uma campanha que pretende inibir a poluição sonora no município. Na oportunidade, foi feita uma blitz informativa conscientizando os condutores de veículos com aplicação de adesivo.
Neste primeiro momento a campanha prevê ações educativas, para que a população possa ter o conhecimento sobre o combate à Poluição Sonora, e que acordo com o Secretaria Municipal do Meio Ambiente a poluição sonora precisa ser combatida.
Altos níveis sonoros causam muitas doenças, e reforça que a Secretaria já possui aparelho para medir altos níveis de decibéis, e que definirá pontos estratégicos onde serão realizadas futuras fiscalizações além de inspeções e apreensões.
FONTE: Comunicação/PMO
Criado em 2021-04-15 10:16:12
Produtos correm risco de desaparecer ou reduzir-se na região: castanha-do-pará, açaí, andiroba, copaíba, seringueira, cacau e cupuaçu.
Nos próximos 30 anos, as populações tradicionais da Amazônia que dependem da floresta como principal forma de alimentação e sustento econômico poderão sofrer sérios impactos devido às mudanças climáticas. Estudo desenvolvido por pesquisadores de cinco universidades públicas brasileiras avaliou esses potenciais impactos e aponta que as mudanças climáticas representam uma ameaça às espécies de palmeiras e árvores que são os principais produtos florestais extraídos nas reservas extrativistas (Resex) da Amazônia brasileira.
De acordo com os pesquisadores, “isso representa um perigo iminente à manutenção do modo de vida das populações tradicionais e ao futuro da biodiversidade na Amazônia. Entre os produtos que correm risco de desaparecer ou diminuir a produção nas reservas extrativistas brasileiras estão a castanha-do-brasil (também conhecida como castanha-do-pará), o açaí, a andiroba, a copaíba, a seringueira, o cacau e o cupuaçu”.
Neste estudo foram avaliadas 18 espécies de árvores e palmeiras utilizadas para consumo próprio ou venda em 56 reservas extrativistas da Amazônia brasileira. A partir de modelos computacionais, foram avaliados fatores climáticos históricos dos locais onde essas plantas vivem (temperatura, umidade, tipo de solo, dentre outras) e realizadas projeções para o ano de 2050, considerando as mudanças climáticas previstas pelos cientistas baseadas nas taxas de emissão de CO2. Os autores também fizeram o levantamento do número de pessoas e famílias envolvidas com as atividades de extrativismo vegetal realizadas nessas Resex e quais espécies eram utilizadas por elas.
Principais resultados
Os resultados indicam que, nos próximos 30 anos, as regiões climaticamente adequadas para o extrativismo desses produtos florestais terão reduzida em até 91% sua área total. As áreas mais ameaçadas são o Sul e o Sudoeste da Amazônia, regiões que atualmente já sofrem com queimadas, mineração e desmatamentos ilegais, como o estado de Rondônia, o Sul do estado do Pará e o Norte do Mato Grosso.
De acordo a pesquisadora da Universidade de Brasília, Jôine Cariele Evangelista-Vale, líder da pesquisa, “a verdadeira extensão dos efeitos das mudanças climáticas na Amazônia ainda é subestimada. Os cientistas já alertam há décadas sobre a perda acelerada da biodiversidade e suas consequências negativas. Devido às ameaças crescentes e contínuas das mudanças climáticas, as estimativas dos impactos sobre as populações tradicionais nas reservas extrativistas ainda não foram bem compreendidas”.
A pesquisa aponta que as alterações climáticas previstas podem, em até 30 anos, reduzir a distribuição natural de 11 espécies nativas, e nove podem até mesmo desaparecer das reservas extrativistas onde elas são exploradas. Isso porque as mudanças climáticas interferem, por exemplo, na temperatura e distribuição das chuvas, fazendo com que as condições climáticas necessárias para a ocorrência dessas espécies nas reservas deixem de existir. Ainda de acordo com os resultados, 21 Resex podem perder uma ou mais espécies exploradas, enquanto quatro reservas, localizadas no estado de Rondônia, podem perder todas as espécies que são exploradas atualmente.
As maiores perdas podem ocorrer para a castanha-do-brasil (castanha-do-pará), com redução de 25% de sua área original de distribuição, que se tornará totalmente extinta em nove Resex onde atualmente é extraída. Essa espécie é extraída na grande maioria das reservas estudadas (50), comprometendo a renda de aproximadamente 2.239 famílias extrativistas e de 410 pessoas associadas a cooperativas. Somente em 2019 foram cerca de 30 toneladas de castanha-do-brasil produzidas no Norte do país, o que gerou cerca de U$ 23 milhões de dólares. O açaí também corre perigo e pode deixar de ocorrer em cinco Resex, afetando mais de 330 famílias.
O pesquisador Pedro Eisenlohr, orientador do trabalho, aponta que, pelos resultados, “nos próximos 30 anos, 21 Resex podem perder a adequação ambiental necessária à sobrevivência de pelo menos uma espécie de árvore extrativista. Portanto, o Estado brasileiro precisa desenvolver políticas públicas viáveis que mitiguem os impactos que as mudanças climáticas irão causar à biodiversidade como um todo, e também às famílias extrativistas. Demonstramos que famílias extrativistas podem sofrer diretamente os efeitos das mudanças climáticas em seu modo de vida e na segurança financeira e alimentar.”
O estudo alerta que a falta de diagnósticos socioambientais nessas reservas torna difícil prever com mais precisão os impactos sociais e formas de mitigação. Para o grupo de pesquisadores, é urgente identificar locais prioritários para a implementação de políticas de conservação de espécies extrativistas, bem como para a criação de novas unidades de conservação.
As pesquisas científicas sobre a conservação da biodiversidade da Amazônia têm sido negligenciadas recentemente devido a cortes nos gastos com ciência e tecnologia por parte do governo brasileiro. Segundo relatório da pesquisa, infelizmente, o Brasil não tem sido um modelo de como apoiar políticas públicas de gestão socioambiental. Ainda há muitas lacunas sobre o censo dessas famílias e o quanto elas dependem desses recursos.
Para os pesquisadores, se administradas de maneira correta, as Unidades de Conservação de uso sustentável, como as Resex, podem atrair e manter diversas atividades econômicas ao longo do tempo, contribuindo para o crescimento econômico das regiões em que estão localizadas e para a conservação da biodiversidade.
Os autores apontam que a potencial extinção local de algumas espécies de plantas nas RESEX da Amazônia brasileira pode piorar a pobreza, potencialmente levando a um êxodo de povos tradicionais para as áreas urbanas e um aumento nas taxas de desmatamento nessas áreas protegidas no futuro.
O estudo sugere estratégias para mitigar as consequências das mudanças climáticas na Amazônia, como ações eficientes no combate ao desmatamento e às queimadas na região. Também indica a implementação das orientações resultantes dos acordos globais de combate à mudança climática.
Pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), participou da pesquisa o professor Samuel Gomides, que trabalha no Campus Oriximiná, com apoio da pesquisadora voluntária Talita Machado.
FONTE: Comunicação/UFOPA
Criado em 2021-04-14 20:23:32
Este ano, o período chuvoso está muito intenso em Óbidos, com isso, as estradas e ramais não pavimentados, não suportam a intensidade das chuvas e se transformam em grandes atoleiros e erosões. Assim, o trafego e o transporte da produção das comunidades para a cidade se tornaram sofríveis e muitos comunitários reclamam das péssimas condições dessas vias.
Nesse sentido, Prefeitura de Óbidos por meio da Secretaria Municipal de Saneamento, Urbanismo e Infraestrutura – SEURBI, por toda esta semana estará realizando manutenção da estrada do Cruzeirão, com objetivo de conter o aumento das erosões e eliminar os atoleiros que se formaram na estrada por conta das fortes chuvas e da falta de conservação.
Segundo o titular da Seurbi, o engenheiro Breno Coelho, os trabalhos que estão sendo realizados na estrada é para facilitar o transito de automóveis e pedestre daquela região.
Com informações e fotos Seurbi
FOTOS...
Criado em 2021-04-14 17:45:41
Jovens profissionais iniciam em várias áreas da MRN com a missão de também contribuir para programas de Diversidade & Inclusão e sustentabilidade da empresa.
A diversidade de perfis e habilidades dos 13 novos talentos, selecionados para contribuir com soluções para os desafios de áreas como Tecnologia da Informação, Segurança, Operação de Minas e Industrial, marca a atual edição do Programa de Trainee da Mineração Rio do Norte (MRN), maior produtora de bauxita do Brasil, sediada no distrito de Porto Trombetas (Oriximiná/PA).
“Construímos essa edição com o olhar reforçado para Diversidade & Inclusão. Nossos trainees são plurais em suas experiências, regiões, formações e nesse Programa conseguimos aumentar a expressividade de gênero com maior presença de mulheres iniciando a carreira na mineração. Ao longo do Programa, tanto gestores, mentores, quanto trainees, participarão de diversas iniciativas que apoiarão o repertório para diversidade de gênero, gerações, culturas, no intuito de permitir que todos possam ter uma experiência ímpar em um ambiente de transformação”, declara Luciane Mello, gerente de Desenvolvimento de Pessoas da MRN.
O Programa adotou o modelo de ambientação on-line para garantir a saúde preventiva dos trainees por conta do cenário atual de pandemia. “Nos adaptamos para recrutá-los, selecioná-los e, nessa etapa do programa, ambientá-los de maneira on-line sem impacto para o cronograma e execução das atividades”, assinala Mello. Quando a pandemia estiver sob controle, os jovens profissionais terão a oportunidade de vivenciar presencialmente o Programa. “Quando chegarem em Porto Trombetas, eles iniciarão a Trilha de Desenvolvimento, com várias ações presenciais e on-line, em um desenho que contempla os melhores conceitos de aprendizagem, como treinamentos comportamentais, Mentoria, Creathon, Inglês, Roda de Conversa com Diretores, Liderança de Projetos, entre outros, sendo toda a trajetória suportada por plataformas de aprendizagem”, comenta a gerente de Desenvolvimento de Pessoas.
Neste primeiro momento do Programa, os trainees estão participando da integração institucional, que propõe o contato com a cultura da empresa por meio das histórias dos empregados, para que os jovens profissionais possam reconhecer na prática como a MRN vivencia seus valores e competências. “Eles receberam também as boas-vindas de diretores, gestores, ex–trainees e outros profissionais. Eles tiveram oportunidade de conhecer outros processos que apoiarão sua adaptação no primeiro momento como segurança do trabalho, cadeia produtiva, sustentabilidade e outros”, conta Mello.
Ao selecionar os talentos, considerando a afinidade dos valores de cada um com a MRN, a gerente de Desenvolvimento de Pessoas afirma que a expectativa da empresa é poder contribuir para a formação destes profissionais em início de carreira, para que sejam cada vez mais completos, e contar com suas habilidades para colaborar com a solução dos desafios em suas respectivas áreas. “Acreditamos que a bagagem que já trazem através de suas histórias agregará novos olhares em suas áreas de atuação, contribuindo continuamente com o desenvolvimento da MRN”, completa.
Trajetórias - A engenheira de computação paraense Vivian Sousa, 23 anos, foi selecionada para a área de Tecnologia da Informação da MRN, onde espera contribuir e aprender mais sobre os desafios deste estratégico setor. “Durante a integração, a empresa está pontuando bastante os desafios de segurança da informação, projetos de inovação e transformação digital. Estudei com foco nesse caminho. Por isso, poderei contribuir com estes trabalhos”, declara. A jovem profissional também destaca o entusiasmo em conhecer o Programa MRN Pra Todos, iniciativa de diversidade e inclusão de talentos nos vários departamentos da empresa. “Fiquei empolgada, pois valorizar a diversidade é importante e necessário no mercado de trabalho porque abre portas que, às vezes, não são abertas para muitos talentos”, comenta.
Trainee da Operação de Mina, a engenheira de minas Isabella Andrade, 25 anos, de Belo Horizonte (MG), conta que conheceu a MRN por meio de uma palestra na sua primeira aula no curso da faculdade. Na ocasião, ficou interessada em conhecer mais sobre o processo de produção de bauxita na Amazônia. A curiosidade da então universitária transformou-se na motivação para participar do processo seletivo da empresa e conquistar a vaga. “Ao longo da minha faculdade, estudei mais sobre outras cadeias de minério como o ferro e eu queria aprender algo diferente como métodos de lavra de bauxita, que são desenvolvidos na MRN. Esse foi um fator motivador junto aos investimentos da empresa em tecnologias”, relata.
Entre os destaques do período de integração na MRN, Isabella cita os programas de sustentabilidade da empresa, a disponibilidade e o entusiasmo dos empregados em responder às questões dos trainees. “Foi bastante motivador conhecer os programas de sustentabilidade, que demonstram os cuidados da MRN com as pessoas e o meio ambiente. Gostei muito também da abertura dos empregados para sanar nossas dúvidas. Eles falam com brilho nos olhos, o que me dá segurança de que escolhi o lugar certo para trabalhar. Minha expectativa é aprender muitos conhecimentos técnicos, participar de todas as ações da empresa e contribuir com o que tenho de experiência”, pontua.
Isabella também destaca a importância da empresa desenvolver um programa de Diversidade & Inclusão como o MRN Pra Todos. “Esse programa abre um importante leque de inclusão e valorização de competência não só para mulheres como eu, engenheira de minas, e, sim, para vários talentos, independente de gênero, raça ou religião por exemplo. Quero fazer parte ativamente deste programa, para contribuir e garantir a representatividade de talentos na empresa”, assinala.
Em sua primeira oportunidade profissional, a baiana Michelle Barbosa, 25 anos, formada em Engenharia Química, conquistou a vaga de trainee na área de Segurança do Trabalho, motivada pela valorização da segurança e inovação nas operações da empresa. “Sempre tive interesse nesta área. Um pouco antes do processo ocorrer, pesquisei o quanto a MRN preza pela segurança com muita prioridade e sempre buscando inovação, o que despertou muito minha atenção e vontade de ajudar nesse desafio de fazer parte dessa transformação. As minhas expectativas são as melhores possíveis. Não vejo a hora de começar a contribuir com o crescimento da área, de aprender muito com os profissionais de excelência, mergulhar de cabeça nessa oportunidade e começar a fazer a minha história na MRN”, conta.
Entre as experiências vivenciadas na semana de integração, Michelle destaca que confirmou sua percepção positiva sobre a atuação da MRN no oeste do Pará. “Tenho certeza que fiz a escolha certa ao me inscrever no processo por acreditar que a MRN é uma empresa que se preocupa com o contexto geral de onde ela está inserida, se preocupa com as pessoas, com o desenvolvimento de cada uma delas e na integração essas percepções só estão se reafirmando a cada dia. Gostei demais também do Programa MRN Pra Todos. Mobilizações como essa mostram como a empresa tem uma preocupação com essas pautas de Diversidade & Inclusão, que são de extrema importância”, menciona.
O engenheiro naval carioca Júlio Parada, 26 anos, comenta que a oportunidade como trainee na MRN vai além de mais uma experiência de trabalho porque também envolve uma trilha de desenvolvimento profissional, que inclui aquisição de novos conhecimentos. “Vejo como uma oportunidade muito boa porque é um programa bastante completo. Além da dinâmica do trabalho, vamos desenvolver mais habilidades como o idioma inglês e soft skills e também acompanhamento psicológico, entre outros benefícios”, declara.
Júlio vai trabalhar como trainee na área industrial de operações de carregamento. Será sua primeira oportunidade de vivenciar a rotina profissional diretamente com navios, pois, até então, ele só havia trabalhado em setor administrativo. “Será desafiador, mas me sinto apto a qualquer desafio porque sei que terei o apoio dos meus colegas capacitados e solícitos a me ajudar no que eu precisar. Acredito também que poderei contribuir com ideias para propostas de melhorias na estrutura e instalações do porto”, afirma.
Uma das experiências mais motivadoras para Júlio durante o período de integração foi a disponibilidade dos empregados da MRN em integrar os novos trainees, destacando a importância de reunir talentos com diferentes competências e de várias partes do Brasil para apresentá-los aos desafios e à vida no distrito de Porto Trombetas. “As pessoas estão muito disponíveis para tirar dúvidas e serem facilitadoras neste processo de integração com vontade genuína de ajudar a integrar a gente neste novo desafio em uma cidade remota na Amazônia. Deu pra ver também que a empresa está colocando em prática o seu programa de Diversidade & Inclusão porque 11 de 13 trainees são mulheres, selecionadas por competência. Acho que esse programa, ao valorizar, por exemplo, diversos gêneros e raças por suas habilidades, vai render muitos frutos e resultados para a MRN”, acredita.
Fonte: Comunicação/MRN
Criado em 2021-04-14 16:42:07
O Projeto "Ingerados – Poesias do Tapajós", proposto pelo padre Sidney Canto foi selecionado no Edital de Cultura Digital da Lei Aldir Blanc – Pará, organizado pelo Instituto Ágata, tem como objetivo tirar as poesias das bibliotecas e acervos através de intervenções urbanas poéticas e disseminar literatura, propondo uma nova linguagem poética nas letras de jovens e saudosos escritores da Amazônia.
Durante os meses de abril e maio será possível notar a poesia que compõe as luminárias da orla de Santarém, o mobiliário urbano e outdoors, com conexão interativa através de Código QR, conforme imagem seguinte.
E novos poetas e poetisas poderão participar do projeto, através do Concurso de Poesia - Novos Poetas Ingerados e quem quiser participar é só ver as orientações no REGULAMENTO.
A inscrição está aberta, é gratuita e poderá ser realizada no período de 01 de abril de 2021 a 31 de maio de 2021 através de uma postagem no Instagram, marcando a página @ingerados e usando a hashtag #ingerados. O tema é livre e cada autor poderá enviar somente um poema, que deverá ser inédito.
Os poemas selecionados serão publicados na página @ingerados. Serão eleitos dois (02) poemas vencedores, que receberão destaque no Instagram e redes sociais, sendo que a premiação será a seguinte:
1º colocado: R$ 300,00 (Trezentos Reais) e placa em PVC com trecho da poesia selecionada;
2º colocado: R$ 200,00 (Duzentos Reais) e placa em PVC com trecho da poesia selecionada.
O resultado será divulgado até o final de maio de 2021 no endereço: www.intagram.com/ingerados.
Os autores selecionados serão informados pelo direct do Instagram.
Clique aqui para ver o REGULAMENTO na íntegra.
www.obidos.net.br
Criado em 2021-04-14 00:50:44
Antes de tudo, é importante levar em consideração que a comunidade Arapucu se entrelaça nos ramos de uma história de resistência escrava e na constituição de uma territorialidade marcada pela saga dos afro-brasileiros, na luta pela terra e por direitos à cidadania. No diálogo com os mais velhos moradores dessa comunidade, foi possível encontrar, nas curvas dos labirintos, os caminhos que levaram à história desses atores culturais.
Arapucu é comunidade da zona rural do município de Óbidos, situada à margem do lago Arapucu que deságua no Rio Amazonas, próximo à desembocadura do Rio Trombetas, a uma distância aproximada de 17 (dezessete) quilômetros da sede do município por via terrestre e 8,5 km por via fluvial.
Em seu início, na comunidade Arapucu existia uma tribo indígena que pelo conhecimento popular se chamavam Arapuanãs, nome este não confirmado a sua possível origem. Mas como afirma Fragoso (1983) eram índios da tribo dos Konduris. Sendo essa a procedência da tribo, subtende que o nome Arapucu signifique em Tupi-guarani “dia comprido”. Essa tribo indígena localizava-se em um local chamado de colônia, lugar onde ainda hoje existem vestígios do que, segundo a Senhora Maria de Jesus (moradora antiga da comunidade), “era uma pequena capela”, possivelmente construída em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, que era padroeira da Aldeinha; mais acima fica o cemitério, que existe até os dias atuais.
Segundo a senhora Maria de Jesus, nesse lugar chamado “colônia” foi iniciado um processo de ali ser construída a cidade que hoje se chama Óbidos, este fato não foi possível devido ao baixo calado do rio (rasa profundidade). Fragoso prossegue dizendo que, no ano de 1.758, o Presidente da Província do Pará, Capitão-General Francisco Xavier de Mendonça Furtado, uniu as três aldeias: Presídio dos Pauxis, administrada pelos militares; Aldeinha, administrada pelos Padres Capuchinhos e a dos Konduris. E elevou a aldeia dos Pauxis à categoria de Vila, com o nome de Óbidos.
A Comunidade Arapucu tem aproximadamente 350 anos de existência, considerando a chegada dos primeiros jesuítas que, segundo Fragoso (1983), ocorreu desde 1660, para desenvolver trabalhos de catequeses junto aos índios que habitavam no local. Quando da chegada dos portugueses ocorrida no ano de 1697, a comunidade do Arapucu já existia há 37 anos, e passou a receber atenção espiritual dos Padres Capuchos da Piedade.
Apesar de ter em seu início uma tribo indígena, a predominância étnica da comunidade Arapucu tem uma mistura (negros, índios e brancos) predominando os remanescentes de quilombos, que possivelmente para lá se dirigiam quando fugiam de seus senhores ou mesmo quando libertos após a Abolição da escravatura no Brasil, em 1888.
De acordo com a senhora Rosa Gonçalves, foliã mais antiga com 77 anos de idade, quando a Folia de São Tomé teve seu início na comunidade “tinha mais de vinte e cinco casas”. Em homenagem a esses antepassados, as cabeceiras que formam o lago possuem as seguintes denominações: Cabeceira do Barbosa, Cabeceira São Tomé, Cabeceira do Santarém, Cabeceira do Sarmento, Cabeceira Grande e Cabeceirinha. Por esta predominância, a mesma é reconhecida pela Fundação Cultural Palmares, como comunidade remanescente de quilombos, cujo reconhecimento teve sua publicação no Diário Oficial da União número 43, de 04 de março de 2004, Seção 1, f. 07.
Com essa confirmação do princípio histórico, a mistura de costumes e crenças é um fator importantíssimo para a formação da cultura que a comunidade possui hoje. Um desses fatores com traços culturais afro-brasileiros chama-se Folia de São Tomé que atualidade, a comunidade Arapucu procura manter com muito esforço esse ícone cultural.
-----------------
FONTE: Texto editado do artigo “A Folia de São Tomé no Quilombo Arapucu: cultura afro-brasileira resultante do deslocamento compulsório de escravos africanos para a Amazônia”, de Leandro de Castro Tavares, publicado na Revista Semina/v. 17 n. 1 (2018).
www.obidos.net.br – Fotos de João Canto e Keyte Franco
FOTOS....
Criado em 2021-04-13 17:35:20
Ministério Público do Trabalho já reverteu cerca de R$ 2,5 milhões ao projeto e recentemente direcionou R$ 150 mil provenientes de acordo judicial com a Prosegur, que serão empregados na adaptação da embarcação que atuará no oferecimento de serviços médicos à população ribeirinha.
O Ministério Público do Trabalho no Pará e Amapá (MPT) reverteu R$ 150 mil à Associação e Fraternidade Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus para reforma do Ferre Boot Princesa de Óbidos II que atuará como barco hospital em regiões de difícil acesso na região do Baixo Amazonas, no Oeste do Pará, oferecendo atendimento médico à população. O dinheiro revertido é proveniente de um acordo judicial firmado com a Prosegur, que pagou indenização por dano moral coletivo, em ação civil pública de autoria do MPT.
O órgão apurou denúncia de que a empresa estaria coagindo e intimidando seus empregados a não se habilitarem nos autos de ação coletiva ajuizada pelo sindicato profissional. Após conciliação, ficou acordado que a Prosegur deverá se abster de praticar, por qualquer de seus representantes, administradores, coordenadores, diretores, gerentes, ou quaisquer outras pessoas que ostentem poder hierárquico, qualquer conduta contra seus empregados, impedindo-os de se habilitarem em ações coletivas ajuizadas em face da empresa, sob pena de multa de R$ 80.000,00 em caso de descumprimento.
Além da obrigação de não fazer, a empresa se comprometeu ao pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 150.000,00, e também a manter as cláusulas do acordo, em eventual sucessão empresarial.
Barco hospital
Batizada de “Papa João Paulo II”, o novo barco hospital ainda não sofreu as adaptações necessárias mas, mesmo com limitações, já está atuando no combate à pandemia dando suporte ao barco “Papa Francisco”, inaugurado em 2019. Em menos de 3 anos, a primeira embarcação, que também recebeu recursos do MPT, já realizou mais de 80.043 atendimentos, especialmente no Baixo Amazonas.
A Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, entidade responsável pela gestão das embarcações, requereu a destinação de recursos ao MPT PA-AP para a aquisição de equipamentos hospitalares, equipamentos diversos, mobílias, adequação em compartimentos e tratamento de água e resíduos sanitários necessários ao funcionamento do novo barco. Além da reversão proveniente da Prosegur, a reforma da embarcação conta com recursos de outras ações do MPT-PAAP. O valor total destinado ao projeto gira em torno de 2, 5 milhões de reais.
Após as adequações realizadas, o barco passará a contar com consultórios odontológicos, consultórios médicos, consultório assistencial, leitos de internação, sala de pequenos procedimentos dermatológicos, central de esterilização, farmácia, área de coleta e exames laboratoriais, triagem com área de espera entre outras. Segundo cronograma, as adaptações do novo barco hospital devem ter início em abril e conclusão até outubro de 2021.
FONTE: MPT PA-AP
Criado em 2021-04-13 17:19:49
A música “Mulheres que Benzem” do compositor obidense Wander de Andrade e Niltinho Moda, participou da 1ª edição do FECAM, Festival de Música de Porto Trombetas em 2002.
Agora, a letra da música “Mulheres que Benzem”, na interpretação de Priscila Castro, foi produzida em vídeo por Diego Alano; com a direção de Fábio Barbosa, num projeto do Pe. Sidney Canto e gravado no estúdio AD Produções.
O Vídeo faz parte do projeto "Ingerados – Poesias do Tapajós", proposto pelo padre Sidney Canto, que tem como objetivo tirar as poesias das bibliotecas e acervos através de intervenções urbanas poéticas e disseminar literatura, propondo uma nova linguagem poética nas letras de jovens e saudosos escritores da Amazônia.
O projeto tem feito intervenções urbanas no município de Santarém, Pará, levando poesia a espaços públicos, como praças, paradas de ônibus e também produzindo vídeos, como o que estamos postando e divulgados em redes sociais.
Mulheres que benzem
De Wander de Andrade e
Niltinho Moda
Reparem nas mãos das mulheres que benzem,
Os dedos dedilham a crença e o amor,
A boca soletra oração invisível
Na Trama do pão que o diabo amassou
São essas mulheres que escondem segredos
Que curam que choram e fazem de tudo
Que quebram o quebranto a dor do menino
Que o olho riscou
Dona Didita pegue a vassourinha
Santa medicina é a fé
Venha menino sorrir para o mundo
Desejo profundo foi crer
Em reza de mulher
Mulher, mulher, reza de mulher...
VÍDEO
A música Mulheres que benzem na interpretação de Ádria Góes.
www.obidos.net.br
Criado em 2021-04-13 13:39:02
O Cemitério São João Batista, único da cidade de Óbidos, onde os obidenses enterram seus parentes e que anualmente recebe milhares de visitantes, para rezarem por seus entes queridos.
O Cemitério estava sendo tomado por mato e a Secretaria Municipal de Saneamento, Urbanismo e Infraestrutura – SEURBI, com o objetivo de dar maior comodidade aos visitantes, que por lá passam diariamente, iniciou no dia 07 de março, uma limpeza da parte interna e externa do cemitério, trabalho previsto pra encerrar na sexta-feira (16).
Registramos algumas imagens que mostram o serviço de limpeza do Cemitério.
FONTE: Comunicação/Seurbi --- Fotos de Vander N Andrade
FOTOS....
Criado em 2021-04-13 01:57:55
Jorge Ary Ferreira.
Crescemos juntos, desfrutando o que de melhor Óbidos oferecia aos moleques da nossa geração. Isso incluía banho no porto de cima, camonha, turite, fala pifone, além, é claro, da famosa pelada das três, onde desfilavam craques como o Leão do Cícero, Capelota, Pincha, Chico Alfaia e outros. Existiam também pernas-de-pau como eu, Lelé, Atola e Magal.
Pote era um moleque magro. Um momento: magro é pouco. Bota magro nisso!... Diziam, na época, que a carne da sua bunda, “bem catada”, não enchia dois pastéis. Lembrem-se de que os pastéis daquela época tinham mais arroz no recheio do que qualquer outra coisa. Agora, pensem num pé de respeito. O maior que conheci! Por conta disso, ganhava os mais diversos agrados da turma: pé de remo, pé de faia, além de muitos outros.
A coisa mais difícil na pelada era derrubar o Pote, pois tinha bastante “alicerce”. O carrinho era a sua arma secreta. Desarmava qualquer Ronaldinho.
Do meu amigo, sabia apenas que era filho do Biribote, funcionário do DER. Não sabia nem o seu o nome de batismo. Também, pouco adiantaria saber. Quem, em Óbidos, o conheceria como João, Fabiano, Augusto, ou outro nome qualquer? Agora, perguntem nesta terra quem é o Pote? Quero ver quem não o conhece. Nos Blocos de carnaval, é figura infalível!
Hoje, sem um lado da mão, perdida em uma encrenca na cidade de Manaus, abraça sua esposa com o lado deficiente, pois o outro precisa ocupar com a caixa de maizena e a garrafa de cana para abastecer o casal, é claro.
No Bloco das Virgens, é uma das atrações. Sempre trajando um tubinho bem justo, lábios vermelhos, porém, de tênis. Nenhum sapato feminino pode calçar aquele pé. Quem sabe o da Cicarelli?
E, nessas voltas que a vida dá, o destino me colocou em contato com essa figura ímpar, que só uma cidade bacana como Óbidos é capaz de produzir.
Levado pela perda da capa do som de meu carro, tive conhecimento que o Pote havia achado coisa semelhante, e, muito dignamente, vinha, há dias, procurando se alguém sabia quem havia perdido tal objeto. Chegou até anunciar na Rádio Comunitária, tal achado.
Fui ao seu encontro num bar da cidade, o “Natureza”. Lá, estava meu amigo disputando uma partida de bilhar, apostando “na tampinha”. Impressionante vê-lo tacando, aprumando o taco na cana do braço. Não errava um fino!
Esclarecendo o motivo pelo qual lhe procurara, tive dele a confirmação de que a capa estava em seu poder, guardada em sua residência. Imediatamente, se prontificou a apanhá-la. Sentado ao meu lado, fomos colocando o papo em dia. Claro, lembrando de nossa infância!
Chegando à sua residência, fiquei encantado com a sua beleza. Localizada na Rua Horácio de Azevedo, entre a Bacuri e a colossal barreira - que é sua vizinha pelo lado direito. Bem ali, como diria o poeta Eduardo dias, ”Onde o Rio se Curva”, com sombras de duas mangueiras e um quintal minuciosamente varrido.
Foi aí, meus amigos, que jamais pensei que sentiria, na vida, inveja de uma privada construída nas proximidades da barreira, com a porta na direção da Costa Fronteira. Lembrei do meu pai, que sempre dizia que o momento de maior reflexão na vida de um homem se dá, justamente, quando ele senta num vazo sanitário para fazer suas necessidade. É quando se pensa nas dívidas, amores, faz contas, planeja, e, assim vai. Eu, na maioria das vezes, leio.
Talvez tenha sido esse o motivo que tenha levado o grande escultor Auguste Rodin a esculpir sua grande obra, “O Pensador”, nu, sentado em uma pedra, pois o vaso sanitário desvalorizaria a escultura. Ninguém me tira isso da cabeça!
Agora, com uma paisagem daquela, não tem “cagada” melhor, tendo a disposição uma vista que vai da boca da Maria Tereza ao Ipaupixuna!
O Pote merece! Um caboclo do bem, que leva a vida se divertindo, merece aquele cenário.
Fiquei imaginando quantas embarcações passam no nosso Rio, das mais diversas origens. Do Curumu, do Paru, Jurutí, Parintins, Manaus, Belém. Navios cargueiros ou luxuosos transatlânticos dos mais diversos países, carregados de ricos suecos, alemães, finlandeses... E o POTE , “cagando” para todos eles!
Publicada originalmente em: 15/01/2007
Criado em 2021-04-12 23:56:38
Entrou em vigor nesta segunda-feira, 12 de abril, a Lei 14.071/2020, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A partir de então, a validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é de 10 anos e o aumento da quantidade de pontos necessários para a suspensão do documento foi mudado. Além disso, são novas regras de trânsito: a obrigação da cadeirinha até os 10 anos e a idade mínima para uma criança andar na garupa de uma moto.
Confira a principais mudanças no Codigo de Trânsito, pois a partir desta data, 12 de março de 2021, os motoristas já podem receber multas caso não se atualizem e descumpram as novas determinações.
MAIOR TEMPO DE RENOVAÇÃO DA CARTEIRA DE MOTORISTA
PONTUAÇÃO PARA SUSPENDER CARTEIRA
FARÓIS ACESOS DE DIA EM RODOVIAS
TRANSPORTE DE CRIANÇAS
MOTORISTAS EMBRIAGADOS
EXAMES
CADASTRO POSITIVO
PROTEÇÃO A CICLISTAS
INFRAÇÕES
FORMAÇÃO DE CONDUTORES
CONSULTA PÚBLICA
RECALL
ESCOLINHAS DE TRÂNSITO
FONTE: Câmara dos Deputados
Criado em 2021-04-12 17:04:20
A Receita Federal adiou, para 31 de maio, o prazo para entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física, ano-base 2020. O período de ajuste anual, que começou em 1º de março, terminaria no dia 30 de abril, mas foi prorrogado pela Instrução Normativa nº 2.020/2021, publicada hoje (12) no Diário Oficial da União.
De acordo com a Receita, a prorrogação foi estabelecida como forma de suavizar as dificuldades impostas pela pandemia de covid-19, assim como aconteceu em 2019. No ano passado, o prazo foi estendido em dois meses, até 30 de junho.
“A medida visa proteger a sociedade, evitando que sejam formadas aglomerações nas unidades de atendimento e demais estabelecimentos procurados pelos cidadãos para obter documentos ou ajuda profissional. Assim, a Receita Federal contribui com os esforços do governo federal na manutenção do distanciamento social e diminuição da propagação da doença”, explicou, em nota.
Em razão do adiamento, o contribuinte que deseja pagar o imposto via débito automático desde a primeira cota deverá fazer a solicitação até o dia 10 de maio. Quem enviar a declaração após esta data deverá pagar a primeira cota por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), gerado pelo próprio programa de declaração. Nesse caso, as demais cotas poderão ser em débito automático.
Para aqueles que não optarem pelo débito automático, os DARFs de todas as cotas poderão ser emitidos pelo programa ou pelo Extrato da Declaração, disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) no site da Receita Federal.
Também foram prorrogados para 31 de maio de 2021 os prazos de entrega da Declaração Final de Espólio e da Declaração de Saída Definitiva do País, assim como, o vencimento do pagamento do imposto relativo a essas declarações.
A Receita destacou ainda que disponibiliza diversos serviços aos cidadãos, que podem ser acessado sem sair de casa. Por meio do e-CAC com uma conta gov.br, o portal único do governo federal, o contribuinte tem acesso, por exemplo, aos comprovantes de rendimentos informados na Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) pelas fontes pagadoras, à cópia da última declaração entregue e à declaração pré-preenchida.
FONTE: Agência Brasil
Criado em 2021-04-12 16:26:35
Dino Priante.
Sou de uma época que quase não havia meio de transporte urbano em nossa cidade, os carros de bois transitavam pelas ruas de terra, e algumas pessoas, principalmente os colonos, vindos do Curuçambá, Cipoal, Canta Galo, Rio Branco e outros locais aos arredores de Óbidos, chegavam à cidade montado em seus cavalos ou em bovinos, pois inclusive motos só havia duas, uma era do Sr. Wallace (funcionário do BB) outra era do italiano Giovanni Pontillo (trabalhava na loja do Sr. Careca), e as vespas dos freis Rodolfo e Prudêncio, os carros, além do Jipe do Dr. Chaves prefeito da Cidade, tinha a Garapeira que era a caçamba da PMO e o caminhão do José Guilherme.
Transporte fluvial eram as canoas a remo e os motores de popas que predominavam. Mas já havia alguns barcos, em que as máquinas ainda eram de cabeça quente, ou seja, necessitavam de um maçarico para colocar em funcionamento, das marcas Lister, Bolinder, Scania. Nessa época os barcos mais chiques eram o SIALPEda Cia Paulista de Aniagem, o NAIB do Sr. Chico Coelho, METRÓPOLE do Sr. Guilherme Barros, bem depois o RADIANTE do Sr. Brito Souza.
Os leitores mais novos devem estar se perguntando, de que maneira se fazia uma mudança, os casamentos, como se conduzia os doentes ao hospital e outras necessidades que hoje é difícil de imaginar como era possível se viver sem carros. Só uns detalhes, os pontos extremos de Óbidos, eram: a beira, Juncal, Cemitério, Santa Terezinha.
Bem, os doentes que vinham do interior, eram carregados em uma rede, com um mará (vara) enfiado nos punhos, e conduzidos por dois homens, os moradores urbanos, eram transportados sentados em cadeiras geralmente de vimi, dessa maneira chegavam até a Santa Casa. Os enterros eram feitos todos a pé, as urnas eram transportadas por seis ou quatro pessoas, e dois ajudantes com duas cadeiras de abrir e fechar para descanso e troca dos carregadores. Os casamentos, quando eram realizados nas casas das noivas, os padres e juízes iam até essas residências efetuá-los, ao passo que na igreja, os noivos seguiam a pé da residência da noiva, acompanhados pelos parentes e convidados mais íntimos até a Matriz de Sant’Ana, onde a maioria dos convidados já os aguardava. Após a cerimônia voltavam para o local da comemoração, onde a tartaruga predominava o cardápio, para degustação dos presentes.
Os carregadores, eram como chamávamos aqueles homens que trabalhavam no porto da cidade, tinham bastantes serviços, quando chegavam àqueles viajantes, através das asas dos aviões da Panair do Brasil, que amerrisavam no Rio Amazonas, se dirigiam as únicas pensões da cidade, Miquita ou Brás Bello, suas bagagens eram transportadas pelos carregadores: Jacaré, Avinte, Burro Cego, Firmo e outros, quando havia muitos volumes, tinham os carros de mão, davam a volta pela Rua do Curro (Justo Chermont) fugindo da ladeira do Mercado.
Quando começou a chegar alguns caminhões, como do Sr. Pedro Nolasco, Sr. Lucas Menezes e mais o do José Guilherme que já existia, as famílias se juntavam e fretavam para ir tomar um banho nas águas gélidas do Curuçambá, recordo que as cervejas e refrigerantes, eram colocadas submersas dentro da água do igarapé, debaixo da ponte para esfriar e não ter que tomar quente, pois desconhecíamos os isopores. Vida difícil, não!
Tem um acontecimento que até hoje, guardo em minha memória. Tínhamos uma moça que trabalhava em nossa casa, era o ano de 1958, possivelmente mês de janeiro, é o mês que começa a dar pitombas, essa moça subiu na pitombeira no quintal de casa, eu ainda muito criança com trajes de dormir, pois era cedo, aparava os cachos que ela jogava de cima, de repente ela pisou em um galho seco e desabou, eu me afastei, veio direto ao chão (não tinha como protegê-la), ficou desacordada, em desabalada carreira fui avisar o papai que estava no comércio, nesse momento estavam diversos estivadores na esquina da loja, lembro que papai chamou o Sr. Janari, Peba, Santa Cruz e o Jacaré e ordenou essas pessoas fossem correndo até o local do acidente e a levasse para a Santa Casa (antiga), enquanto meu pai fechava a loja. Essa moça, foi atendida pelo Dr. Bezerra, era genro do Sr. Samuel Cohen, o tratamento foi gelo na cabeça e muita reza, nessa época não havia nem raios-X, imaginem ultrassom, tomografia, ressonância e outras parafernálias de hoje. Mas não houve fraturas, apenas um corte profundo no rosto, que levou alguns pontos e bateu a cabeça, mas sem sequelas maiores, após três dias hospitalizada retornou para casa.
Nessas últimas cinco décadas, houve uma grande evolução mundial. Quando não se conhece a nova tecnologia, vamos vivendo como dá, após conhecê-las fica quase impossível viver sem. Quem de nós, nos dias de hoje, poderíamos conviver sem celular e internet?
PRIANTE, Dino. ÓBIDOS DE ANTANHO: Livro de crônicas de Dino Priante (2019)
Publicado originalmente: 02 de Junho de 2018
Criado em 2021-04-12 13:24:26