COP30: “Marcha dos Povos” reúne milhares de ativistas nas ruas de Belém clamando por justiça climática

COP30: “Marcha dos Povos” reúne milhares de ativistas nas ruas de Belém clamando por justiça climática

​BELÉM (PA) – Milhares de pessoas de diversas partes do mundo e de comunidades tradicionais da Amazônia realizaram neste sábado, dia 15 de novembro de 2025, a Marcha Global pelo Clima, um dos pontos altos da mobilização da sociedade civil durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém do Pará.

​Integrada à programação da Cúpula dos Povos, o ato reuniu ativistas, líderes indígenas, movimentos sociais, pescadores artesanais, extrativistas, trabalhadores rurais e urbanos, e representantes de 62 países, que tomaram as ruas da capital paraense, sob um sol forte, a partir do novo Mercado de São Brás, percorreram pela Av. José Bonifácio, Duque de Caxias, Mauriti até a Aldeia Cabana , no Bairro da Pedreira, onde aconteceu a dispersão, tudo para pressionar por ações climáticas mais ambiciosas e justas durante a COP30.

​Voz da Amazônia e Pautas Globais

​O protesto, conhecido como a "Marcha dos Povos", teve como objetivo central alertar o mundo para a urgência da crise climática, destacando a necessidade de uma transição energética justa e a proteção dos territórios.

Amazônia Livre: Um dos principais motes foi o pedido por uma Amazônia livre de petróleo e gás, reforçando a luta das comunidades que vivem sob a ameaça de grandes projetos de exploração.

Justiça Climática e Agronegócio: Manifestantes da Cúpula dos Povos denunciaram a incompatibilidade do agronegócio predatório com a superação da crise ambiental, defendendo a Reforma Agrária e a agroecologia como soluções para a produção de alimentos saudáveis e uma relação equilibrada com a natureza.

Mobilização Internacional: A presença de mais de mil marchantes estrangeiros e a união de diversos setores da sociedade civil reforçaram o caráter global da luta climática, exigindo compromissos concretos de governos e empresas que vão além das negociações formais da COP30.

​Lideranças indígenas, como os Munduruku, que enfrentam a pressão do garimpo ilegal e do agronegócio, tiveram destaque, reafirmando o papel decisivo dos povos originários na governança e ação climática global.

​Documento de Propostas

​O movimento popular também apresentou um documento intitulado "Nossa Chance para Adiar o Fim do Mundo", fruto de uma construção coletiva de cerca de cem organizações, que lista mais de 30 propostas sobre a agenda climática global do ponto de vista social e territorial.

​O evento paralelo demonstra que, enquanto os líderes mundiais e negociadores avançam nas arenas diplomáticas da COP30, a pressão popular nas ruas de Belém se mantém firme, exigindo que a conferência resulte em um futuro resiliente e socialmente justo para todos.

Galeria de Fotos....

www.obidos.net.br

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar