Fogo em vegetação: Aumento de ocorrências preocupa bombeiros civis em Juruti

Fogo em vegetação: Aumento de ocorrências preocupa bombeiros civis em Juruti

O aumento significativo das temperaturas e a ausência de chuvas do verão amazônico criam o cenário propício para incêndios. As queimadas continuam a ser registradas em Juruti, no oeste do Pará, o que tem preocupado a Brigada de Bombeiros Civis. Segundo o levantamento feito, em 2023, já são 47 ocorrências desta natureza, sendo 19 em agosto e 16 em setembro.

Além dos incêndios que ocorrem em áreas urbanas, existem também as queimadas em áreas florestais, que são mais comuns em nossa região e neste período, há uma tendência, de que ocorram com maior frequência. De acordo com os brigadistas, áreas próximas a rodovia e a ferrovia e áreas onde há moradores com atividades agrícolas e de roçagem, estão entre as mais vulneráveis e que precisam de maior atenção.

Prevenção

A rotina da brigada não é composta apenas pelos atendimentos das ocorrências, a corporação também concentra esforços em repassar orientações para a prevenção, que inclui o monitoramento de áreas com maior vulnerabilidade.

“Devido as ocorrências anuais, a gente mantém um histórico de áreas e isso norteia o nosso trabalho e através das inspeções nestes locais, há uma rotina dos bombeiros civis para que nossos profissionais percorram esses pontos críticos, com o objetivo de evitar uma possível queimada. Ao detectar um foco inicial a gente já combate, a fim de evitar um foco maior que possam gerar grandes incêndios”, destaca Pedro Pereira, Coordenador da Brigada de Bombeiros Civis em Juruti.

Muitas destes incêndios em áreas florestais são provocadas pela ação humana. Podem estar ligadas às atividades econômicas, iniciadas por agricultores que querem preparar o solo para a plantação ou em áreas de pastagens, situações que podem ser evitadas.

“Às vezes não se tem os equipamentos necessários ou não há o conhecimento de como fazer de forma segura, o que favorece para que estes focos causem incêndios maiores atingindo outras áreas. A principal orientação é evitar a queima de lixo e o uso do fogo para o roçado. Com prevenção e conscientização de todos, a gente consegue reduzir o número de ocorrências”, diz Pedro Pereira.

Entre os projetos sociais, está a Brigada Mirim. Além das atividades de bombeiro, como noções de combate e prevenção de incêndios, primeiros socorros e emergências, também são repassados para as crianças ensinamentos sobre educação ambiental.

Para evitar queimadas:

- Nunca queime o lixo doméstico e/ou entulhos e folhas secas. Um pequeno foco pode se alastrar e afetar áreas extensas.

- Mantenha os terrenos sempre limpos, não deixe a vegetação crescer sem controle.

- Não jogue pontas de cigarro acesas, latinhas ou garrafas nos acostamentos de rodovias ou região de matas, pois eles facilitam o início de incêndio.

- Evite queimar pastagens ou áreas de plantação: procure alternativas sustentáveis e não esqueça de fazer a manutenção dos aceiros.

Brigada de Bombeiros Civis

Com aproximadamente 60 mil habitantes, Juruti não possui unidade de Bombeiros Militares. A representação mais próxima está em Santarém, sede do 4° Grupamento de Bombeiro Militar, a mais de 200 km de distância, o que inviabiliza a atuação em casos de emergências. Os bombeiros civis atuam em instalações privadas como porto, mina e áreas remotas onde há a atuação da Alcoa, que minera bauxita no município há 14 anos.

Cumprem ainda um papel social importante, compartilhando informações para melhorar a qualidade de vida da comunidade. Ao todo, os 24 bombeiros que compõe a brigada e dão apoio em ocorrências na cidade, envolvendo chamados para combate a incêndio em residências ou vegetação, além de primeiros socorros em acidentes.

“Nossa Brigada de Emergência é composta por bombeiros civis e brigadistas de incêndio espalhados pela planta Alcoa em Juruti, tanto na mina quanto no porto. São pessoas com formação e que cumprem a norma do Corpo de Bombeiros com capacidade para executar atendimento inicial nas áreas em que estão alocados. Além do efetivo, temos dois caminhões de combate a incêndio com capacidade para 6 mil litros cada um, que combatem em todas as classes e que auxiliam em ocorrências fora da Alcoa também”, conclui o coordenador da Brigada.

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FONTE: Comunicação/Alcoa

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